Ref.: MCoMcc09-006
Apresentador: Sérgio Roberto Montoro
Autores (Instituição): Aguiar, D.d.(Centro Universitário de Volta Redonda); Silva, B.A.(Centro Universitário de Volta Redonda); Gonçalves, R.D.(Centro Universitário de Volta Redonda); Mota, I.d.(Centro Universitário de Volta Redonda); Bandeira, C.F.(Centro Universitário de Volta Redonda); Gonçalves, R.S.(CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VOLTA REDONDA); Montoro, S.R.(Centro Universitário de Volta Redonda);
Resumo:
A crescente necessidade do consumo de tecnologias limpas fortalece as pesquisas focadas nos materiais obtidos de fontes renováveis. As fibras lignocelulósicas apresentam inúmeras vantagens como baixa densidade, custo atrativo, serem biodegradáveis e não serem abrasivas. O presente trabalho apresenta o estudo do tratamento alcalino em biomassa proveniente da fibra de coco que promoverá a alteração da superfície das fibras. Tais fibras poderão ser substituintes da comumente empregada fibra de vidro, em compósitos utilizando como matriz polimérica de matrizes termoplásticas. Com o intuito de avaliar as características superficiais das biomassas, antes e após o tratamento químico, elas foram analisadas por microscopia eletrônica de varredura (MEV). Também foram caracterizadas via difração de raios X (DRX). Após a secagem da massa de biomassa de coco que passou pelo tratamento alcalino, foi encontrada uma massa de aproximadamente 48 g. Dessa forma, comparando-se com o valor inicial (60 g), ocorreu uma perda de massa de 12 g. Essa redução de massa era esperada, uma vez que o tratamento alcalino promove a remoção parcial de lignina, hemicelulose e outros componentes presentes na biomassa natural (por exemplo, ceras, extrativos, etc). Com o tratamento de alcalino com NaOH + NaBH4, as fibras mais externas apresentaram uma superfície rugosa, devido ao efeito da remoção da lignina. Considerando que a lignina atua como um ligante entre as fibrilas, ao ser retirada provocou o processo de fibrilação. Através da interpretação das micrografias de microscopia eletrônica de varredura (MEV) também pode-se afirmar que compósitos com fibras tratadas tenderão a ter uma menor quantidade de vazios e menor quantidade de pull-out, sugerindo maior adesão com a matriz polimérica do que os compósitos com fibras sem tratamento. E, pelos difratogramas de DRX foi possível observar que a biomassa analisada apresentou picos cristalinos, que por sua vez, podem ser atribuídos à presença de celulose na composição química e também que ocorreu a remoção parcial da lignina presente. Dessa forma, pode-se concluir que a biomassa proveniente da fibra de coco após sofrer o tratamento alcalino com NaOH na presença do NaBH4 poderá ser uma alternativa eficiente para ser utilizada como agente de reforço em compósitos poliméricos.