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Ref.: MCoBel10-001

Compósitos de matriz termoplástica de HIPS reforçados com biomassa lignocelulósica proveniente da casca do açaí: avaliação das características reológicas e morfológicas

Apresentador: Sérgio Roberto Montoro

Autores (Instituição): Silva, B.A.(Centro Universitário de Volta Redonda); Aguiar, D.d.(Centro Universitário de Volta Redonda); Mota, I.d.(Centro Universitário de Volta Redonda); Bandeira, C.F.(Centro Universitário de Volta Redonda); Gonçalves, R.S.(CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VOLTA REDONDA); Montoro, S.R.(Centro Universitário de Volta Redonda);

Resumo:
A utilização de biomassas naturais, como uma alternativa aos reforços sintéticos, na confecção de produtos comerciais contribuiu com a geração de riquezas e com a redução do impacto ambiental causado pela produção e descarte de bens de consumo já que são materiais abundantes, de fonte renovável e que contribuem para o melhor aproveitamento do potencial agrícola brasileiro. As biomassas vegetais podem ser utilizadas como reforços em polímeros termoplásticos, termorrígidos e borrachas devido às suas inúmeras vantagens frente aos reforços sintéticos como baixo custo, baixa densidade, biodegradabilidade, baixa abrasividade e não toxicidade. O presente projeto tem como principal objetivo desenvolver compósitos constituídos de matriz termoplástica de poliestireno de alto impacto (HIPS), reforçados biomassa lignocelulósica proveniente da casca do açaí. Foram processados compósitos de HIPS reforçados com 5%, 10%, 20% e 30% (m/m) de biomassa da casca do açaí. Os compósitos foram caracterizados quanto às suas características reológicas via determinação do índice de fluidez (IF). Também foram realizadas as caracterizações morfológicas via microscopia eletrônica de varredura (MEV) e via difração de raios X (DRX). A partir das análises de índice de fluidez, a inserção de 5%, 10%, 20% e 30% de biomassa de açaí provocaram um aumento aceitável no IF do HIPS sendo possível manter sua utilização. Mesmo inserindo a porcentagem de 30% de biomassa de açaí, o aumento do índice de fluidez do HIPS, variando do tipo de peça que será injetada, ainda pode ser considerada viável. E, a partir das análises de MEV, foi possível observar uma predominância de superfícies irregulares (rugosas) que, por sua vez, poderão promover um efeito de ancoragem na biomassa de açaí que foi usada como agente de reforço. E pelos difratogramas de DRX foi possível observar que a biomassa analisada apresentou picos cristalinos, que por sua vez, podem ser atribuídos à presença de celulose na composição química. Ou seja, a partir dos resultados obtidos, foi possível concluir que os compósitos estudados nesse trabalho podem ser considerados uma alternativa viável para aplicações diversas e o aspecto de sustentabilidade foi maximizado devido à inserção de 30% (m/m) de biomassa da casca do açaí.