Ref.: MmeCo14-058
Apresentador: Laís Danielle dos Santos Silva
Autores (Instituição): Silva, L.D.(Universidade Estadual de Santa Cruz); Silva, B.P.(Universidade Estadual de Santa Cruz); Barreto, L.S.(Universidade Federal de Pernambuco); Veloso, T.C.(Universidade Federal do Sul da Bahia); Oliveira, M.A.(Instituto Federal do Pará); Capelossi, V.R.(Universidade Estadual de Santa Cruz);
Resumo:
O estudo do extrato aquoso do solo como meio corrosivo é muito relevante devido a quantidade significativa de reservatórios e tubulações que estão enterrados no território brasileiro. No entanto, com o passar do tempo, a deterioração progressiva dessas estruturas pode gerar inúmeros prejuízos econômicos e ambientais, por causa disso, o uso de inibidores de corrosão é fundamental. Alguns inibidores apresentam em sua composição compostos como cromatos e fosfatos, que apesar de terem uma boa eficiência contra a corrosão, são prejudiciais ao meio ambiente e ao ser humano. Por essa razão, inibidores naturais de corrosão estão sendo cada vez mais estudados devido a sua eficiência na mimimização dos processos corrosivos, baixo custo e por não apresentarem riscos a saúde humana e a natureza. Neste estudo investigou-se o potencial da torta de um fruto amazônico conhecido como Andiroba (Carapa guianensis Aublet), como inibidor de corrosão em aço carbono SAE 1008 em meio ao extrato aquoso do solo. Esta avaliação foi realizada através do teste de perda de massa, ensaios eletroquímicos e Espectroscopia no Infravermelho com Transformada de Fourier (FTIR). Através da FTIR foi observada a presença de grupos funcionais contendo heteroátomos eletronegativos como o N e O, além de ligações duplas (C=O e C=C) que estão frequentemente associados a inibidores naturais. No entanto, as análises gravimétricas e eletroquímicas não apresentaram uma boa resistência à corrosão nas concentrações estudadas em meio ao extrato aquoso do solo. Foi observado que o aço na presença do extrato aquoso do solo forma um biofilme que favorece a proteção contra a corrosão no aço e quando o inibidor é adicionado, essa corrosão aumenta, provavelmente porque o inibidor está inibindo os microrganismos presentes no extrato aquoso do solo a formarem o biofilme que protege o aço.