Ref.: MmePr28-019
Apresentador: Cristiano José Scheuer
Autores (Instituição): Scheuer, C.J.(Universidade Federal de Santa Maria); Becker, R.L.(Universidade Federal de Santa Maria);
Resumo:
A manufatura aditiva de metais emerge como uma potencial revolução nos processos produtivos, oferecendo alternativas inovadoras às rotas tradicionais de fabricação. Entre essas, destaca-se a técnica de manufatura aditiva por deposição a arco e arame, promissora para a produção de componentes intricados e personalizados, com ampla aplicabilidade nos setores químico, petroquímico, energético, automotivo e metalmecânico. Dentro desses segmentos, os aços inoxidáveis sobressaem-se pela sua versatilidade, dada a resistência à corrosão, facilidade de manipulação, estabilidade térmica, apelo estético e assepsia. Apesar do potencial da manufatura aditiva, persistem desafios tecnológicos que limitam sua adoção em larga escala na indústria. Para integrar eficazmente essa tecnologia aos processos industriais, é crucial compreender os efeitos dos parâmetros de processamento na microestrutura, propriedades e desempenho dos materiais produzidos, visando atingir um equilíbrio entre as características dos materiais e a eficiência de custo e tempo de produção. Neste contexto, o presente estudo investigou o impacto da trajetória de deposição na resistência ao desgaste de depósitos metálicos do tipo AWS ER 308LSi, fabricados por manufatura aditiva por deposição a arco-arame. Foram analisadas cinco trajetórias de deposição distintas. Para avaliar o comportamento tribológico dos depósitos, foram realizadas medidas do coeficiente de atrito e do coeficiente de desgaste. Adicionalmente, os mecanismos de desgaste foram investigados por meio de técnicas de microscopia. Os resultados revelaram variações na resistência ao desgaste entre as diferentes trajetórias de deposição, destacando-se algumas trajetórias por apresentarem uma maior resistência ao desgaste e um coeficiente de atrito inferior em comparação com outras. Entretanto, apesar das discrepâncias observadas na resistência ao desgaste e no coeficiente de atrito, os mecanismos de desgaste não apresentaram variações significativas entre as trajetórias de deposição, sugerindo que outros fatores podem influenciar os processos de desgaste dos depósitos metálicos.