Ref.: MmePr06-002
Apresentador: Cláudia Furtado Santos
Autores (Instituição): Santos, C.F.(Universidade Federal do Pará); Mendes, M.E.(Universidade Federal do Pará); Nascimento, Q.L.(Universidade Federal do Pará); Souza, G.W.(Universidade Federal do Pará); Santana, V.L.(Universidade Federal do Pará);
Resumo:
O Estado do Pará é líder na produção de bauxita no Brasil. A maior parte da produção paraense provém das minas situadas em Oriximiná e Juruti, localizadas no oeste do Pará. No contexto das exportações paraenses, a bauxita ocupa a posição de quarto mineral mais exportado, correspondendo a 2,35% das exportações. O conteúdo de alumina (Al2O3) nas bauxitas economicamente viáveis geralmente situa-se entre 50% e 55%, sendo que o teor mínimo para viabilidade econômica é da ordem de 30%. A bauxita é a matéria-prima para a produção de alumina e alumínio metálico. A cada 5 toneladas de bauxita, em média, são produzidas 2,5 toneladas de alumina, e esta quantidade gera 1 tonelada de alumínio metálico. Estudos destacam a importância desses parâmetros e ressaltam a variação considerável nos teores de alumina e impurezas, o que demanda uma abordagem específica para cada depósito de bauxita. Essa diversidade nas características da bauxita tem implicações diretas nas técnicas de extração, beneficiamento e produção de alumina. Em razão disso, não há a necessidade de um tratamento mais complexo – com alterações químicas do bem mineral - , ao comparar com outros processos de beneficiamento como o do ferro e cobre. Os métodos utilizados para o beneficiamento dos minérios de bauxita incluem britagem, peneiramento, rebritagem e hidrociclonagem visando a eliminação dos minerais de sílica e componentes da fração argilosa. Sendo assim, é possível alcançar a classificação ideal do produto para seguir o percurso até a secagem e estocagem. Nos fluxos convencionais para a produção de alumínio, são realizadas as etapas de mineração, refinaria e redução. A bauxita é extraída, submetida à lavagem e secagem antes de ser encaminhada à refinaria, onde ocorre a produção de alumina. A metodologia desta pesquisa começou com uma investigação das zonas de extração de bauxita na região do Pará, utilizando a plataforma SIGMINE. Esse recurso permitiu uma análise geoespacial precisa, revelando pontos de interesse ligados à exploração de bauxita. Com base nos dados adquiridos através do SIGMINE, o Projeto Juruti surgiu como uma mina promissora para esta investigação, sendo escolhida devido à sua importância no contexto do processamento de bauxita na região e à disponibilidade de informações. Para complementar e favorecer uma compreensão mais abrangente do processo operatório da bauxita dentro do Projeto Juruti, realizou-se também pesquisas por meio de uma análise aprofundada de artigos científicos e dissertações pertinentes, explorando as últimas descobertas e avanços na área. Este trabalho buscou destacar não apenas aspectos técnicos, mas também a importância socioeconômica da mineração no Pará, além de avançar na compreensão do beneficiamento dos minérios e da qualidade da bauxita lavada, crucial para as etapas subsequentes, a produção da alumina e futuramente o alumínio.