Ref.: MmeMss06-005
Apresentador: Flávio Fávaro de Assis
Autores (Instituição): de Assis, F.F.(Universidade Federal de São Carlos); Coury, F.G.(Universidade Federal de São Carlos); Oliveira, P.F.(Universidade Federal de São Carlos);
Resumo:
As ligas de Elementos Multiprincipal, do inglês Multiprincipal Element Alloys (MPEAs) correspondem a uma classe recente de ligas metálicas em que não existe um elemento principal como nas ligas convencionais, mas sim um conjunto de elementos principais em proporções que vão de 5% a 35% [1]. Essas ligas podem apresentar propriedades interessantes, relacionadas às suas composições e a fenômenos que podem ser encontrados nas memsas como a chamada ordem de curto alcance, do inglês Short-range Order (SRO). SRO é uma característica que reflete a tendência dos átomos de um elemento da liga de permanecerem mais próximos de algum outro elemento específico. Este fenômeno influencia diversas características do material, como propriedades mecânicas e elétricas como condutividade elétrica e densidade de estados ocupados (DOS). A definição dessas ligas leva a um enorme número de composições possíveis, o que possibilita a criação de ligas muito promissoras. Porém, o grande número de MPEAs possível torna importante o uso de simulações e ferramentas computacionais para viabilizar seu projeto e estudo. A teoria do funcional da densidade (DFT) é um método computacional usado para simular propriedades de materiais com base na teoria quântica e na resolução da equação de Schrodinger aplicada a um material usando simplificações e aproximações conhecidas. Neste trabalho, o código LSMS-DFT [2] foi utilizado para estudar (SRO) em MPEAs através de resultados de simulações DOS para diferentes composições e configurações atômicas. Dinâmica molecular usando método Monte Carlo foi usada para gerar essas diferentes configurações para os átomos das MPEAs e construir os arquivos de input para os cálculos de DFT. Os resultados simulados foram então comparados com medições experimentais de condutividade elétrica de amostras com as mesmas composições utilizadas nos cálculos de DFT. Os resultados forneceram informações importantes sobre o comportamento de ordenamento das MPEAs estudadas e sua ligação com as propriedades elétricas dessas ligas. Também se mostrou o quão eficiente foi o código de DFT para esse tipo de cálculo envolvendo MPEAs.