Ref.: MpoBi19-009
Apresentador: Lilian Rodrigues Lopes
Autores (Instituição): Medeiros, S.d.(Escola de Engenharia de Lorena da Universidade de São Paulo); Lopes, L.R.(Escola de Engenharia de Lorena da Universidade de São Paulo);
Resumo:
Os tratamentos convencionais para feridas, como curativos sintéticos e gazes estéreis, apresentam limitações quanto à entrada de umidade na ferida cutânea, o que pode dificultar o processo de cicatrização. Diante dessa problemática, há uma crescente investigação de métodos alternativos para cicatrização, incluindo membranas, filmes e hidrogéis produzidos a partir de polímeros biodegradáveis. Esses curativos alternativos demonstram capacidade de manter o ambiente da ferida úmido, promovendo uma cicatrização mais eficaz, destacando-se por sua biocompatibilidade, não toxicidade e biodegradabilidade[1]. Nesse contexto, este estudo tem como objetivo avaliar a proporção ideal de carboximetilpululana-alginato de sódio na produção de biomembranas utilizando o método de evaporação de solvente (casting), direcionadas ao tratamento de feridas cutâneas. Essas biomembranas visam evitar o ressecamento da ferida, criando um ambiente propício na superfície da lesão para favorecer o processo de cicatrização.
Para alcançar este objetivo, as biomembranas foram submetidas a diversas análises, incluindo ângulo de contato, espectrometria de infravermelho por transformada de Fourier (FTIR-ATR), difração de raios X (XRD) e microscopia de força atômica (AFM). Tais análises permitiram a determinação das diferentes propriedades das membranas em relação à variação da proporção de biopolímero utilizado em sua produção.
Os resultados obtidos possibilitaram a definição de uma proporção otimizada de carboximetilpululana-alginato de sódio para a produção de biomembranas. Estas biomembranas representam potenciais dispositivos biomédicos para o tratamento de feridas cutâneas, oferecendo uma alternativa de baixo custo para utilização no Sistema Único de Saúde (SUS) e outras instituições de saúde pública.