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Ref.: MceCa07-017

Síntese e Caracterização de Ni@ZrO2 derivado de Zr-MOF

Apresentador: Fabiana Thayse dos Santos Silva

Autores (Instituição): Silva, F.T.(UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO); Ferreira, E.B.(Universidade Federal de Pernambuco); Kulesza, J.E.(Universidade Federal de Pernambuco); Barros, B.S.(Universidade Federal de Pernambuco);

Resumo:
As MOFs (metal organic frameworks) são conhecidas pela sua alta área superficial, boa atividade catalítica e ampla aplicação, porém costumam não apresentar boa resistência a altas temperaturas, sendo assim, um modo de usá-las é como percursor de óxidos, esses óxidos derivados de MOFs costumam manter as características de seu percursor além de apresentar alta resistência a temperatura. Sendo produzido nesse trabalho Ni@ZrO2 derivado da MOF UiO-66. As MOFs foram obtidas por método solvotérmico, com e sem o uso de ácido fórmico (AF), que atua como modulador, afim de avaliar se o seu uso afetaria o óxido obtido. As MOFs foram impregnadas com níquel por via húmida, com uma proporção de 5% m/m de NiNO3 e MOF. Os óxidos foram obtidos em atmosfera de ar, 800 °C por 5h, com uma taxa de aquecimento de 5o/min. As amostras foram analisadas por meio de FTIR, DRX e MEV. Na análise de FTIR das MOFs observou-se que as bandas relacionadas aos grupos carboxílicos aparecem deslocadas, o que sugere a desprotonação com provável formação de uma rede de coordenação. Com os difratogramas foi possível notar que as MOFs possuem picos semelhantes ao calculado, da MOF UiO-66, ficha ICSD 733458. Indicando a obtenção da MOF. Comparando as MOFs percebemos que a que contém AF apresentou um difratograma com maior relação sinal/ruído, explicado pela sua ação modulador, pois há uma maior cristalização da amostra em relação à que foi sintetizada sem a adição. No caso dos óxidos, ao analisar os difratogramas percebemos que para ambos foram obtidos óxidos de zircônio com duas fases, tetragonal e monoclínico, com picos característicos em 2 teta de 29,76º que também está presente em 30,06º no calculado tetragonal, bem como o pico 49,84º que também está presente no 49,96º no calculado tetragonal. Nota-se que há picos em 2 teta de 34,90º na amostra que também está presente em 34,84º no calculado monoclínico, assim como o pico 49,84º na amostra que se faz presente em 49,46º no calculado monoclínico, vale salientar que a cristalização do óxido nas estruturas monoclínica e tetragonal é uma característica dos óxidos de zircônio derivados de MOFs, e que essa característica adiciona ao uma maior atividade catalítica. Em relação a impregnação com Ni, pode-se concluir que houve sucesso, visto que foi possível perceber a presença de picos semelhantes ao calculados para o NiO em 62,80º na amostra que também está presente em 62,90º no calculado NiO, bem como o pico 74,62º que também está presente no 75,24º no calculado NiO. Além disso, o resultado obtido para o tamanho do cristalito foi de 35,84 nm para a amostra derivada de MOF com uso de AF, considerando o pico em 30,26° e o óxido derivado de MOF sem o uso de AF apresentou um tamanho de cristalito de 38,59nm, ligeiramente maior. Os difratogramas das amostras Ni@ZrO2 foram semelhantes, com picos nas mesmas regiões, o que leva à conclusão de que a rota sintética da MOF não afetou a obtenção do óxido.