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Ref.: MmeCa32-005

Estudo da Atividade Fotocatalítica e Antimicrobiana das Nanopartículas de ZnO Mediadas Pela Síntese Verde Com Aloe Vera

Apresentador: Alessandra Azevedo Nascimento

Autores (Instituição): Nascimento, A.A.(Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Pernambuco); Paulino do Nascimento, L.M.(Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Pernambuco);

Resumo:
Explorando dimensões que variam entre um e cem nanômetros, a nanotecnologia impulsiona uma revolução na ciência dos materiais ao incorporar partículas e interfaces de proporções exponencialmente reduzidas. As nanopartículas (NPs) possuem uma ampla área superficial e frequentemente excedem materiais macroscópicos em termos de características aprimoradas. No entanto, o avanço na síntese dessas nanopartículas traz à tona preocupações sobre os agentes químicos utilizados em sua produção, os quais podem apresentar potencial toxicológico e desencadear contaminações ambientais. Dessa forma, a ciência busca na síntese verde uma solução para minimizar impactos ambientais e resíduos nocivos. Esta pesquisa explorou a produção de nanopartículas de óxido de zinco (ZnO), utilizando métodos químicos e biológicos, com destaque para o método biológico com extrato de aloe vera que se enquadra na síntese verde. Buscou-se compreender o papel das nanopartículas de ZnO puro (NPs-ZnO) e das nanopartículas com extrato de aloe vera (NPs-ZnO@ALE) na síntese, bem como avaliar suas propriedades fotocatalíticas e antimicrobianas. Ambos os tipos de nanopartículas foram sintetizados utilizando métodos de precipitação química. Nesses métodos, soluções aquosas de acetato de zinco e extrato de aloe vera foram empregadas, com o ajuste do pH das soluções realizado utilizando uma solução de hidróxido de sódio (NaOH). Após a síntese, as nanopartículas foram caracterizadas usando espectroscopia UV-Vis, através de experimentos de eficiência fotocatalítica durante 2 horas, utilizando o corante azul de metileno (AM) como poluente modelo. As nanopartículas foram dispersas na solução contendo o corante, e a degradação foi monitorada a cada 15 minutos durante a exposição total à radiação UV. Os resultados indicaram uma eficácia considerável na fotodegradação do azul de metileno (AM) utilizando tanto as NPs-ZnO quanto as NPs-ZnO@ALE, demonstrando a capacidade das mesmas na remoção do contaminante. Entretanto, a NPs-ZnO foi a que apresentou o melhor desempenho na fotodegradação do corante AM. Por conseguinte, as nanopartículas foram também submetidas a ensaios antimicrobianos utilizando a bactéria Escherichia coli (ATCC 25922) como organismo teste. A NPS-ZnO não mostrou atividade antibacteriana detectável contra a cepa bacteriana estudada, enquanto a nanopartícula funcionalizada com extrato de aloe vera (ZnO@ALE) apresentou uma atividade antibacteriana notável, destacando o efeito positivo da aloe vera nesse aspecto. Em resumo, a combinação da nanotecnologia com métodos sustentáveis, como a síntese verde e o uso de agentes biológicos como a aloe vera, mostra potencial na fabricação de nanopartículas com propriedades antimicrobianas aprimoradas contribuindo assim para soluções inovadoras e sustentáveis em saúde pública e meio ambiente.