Ref.: MpoBi11-016
Apresentador: Joeline Dutra da Silva
Autores (Instituição): Júnior, A.C.(Universidade Federal do Amazonas); da Silva, J.D.(Universidade Federal do Amazonas); Mendonça, R.M.(Universidade Federal do Amazonas);
Resumo:
Em vista de substituir polímeros originados do petróleo por materiais ecologicamente corretos e biodegradáveis, pesquisadores têm estudado o desenvolvimento de compósitos bioplásticos. A lignina é um polímero natural aromático extraído de materiais lignocelulósicos, com uso potencial quando combinado a outros termoplásticos bioderivados, sendo um subproduto agroindustrial. Fibras vegetais como da banana, cana-de-açucar e coco, por exemplo, são compostas, normalmente, de 60 a 80% de celulose, apresentam propriedades melhores que as sintéticas devido a sua composição, podendo conferir alta resistência e rigidez a compósitos reforçados com elas. A piaçava (Leopoldinia Piassava) é uma fibra natural rígida encontrada na folhas das palmeira na Amazônia brasileira e na Mata Atlântica. O estudo se propôs a extrair lignina cítrica da fibra de piaçava e caracterizá-la. Para isso, foi executado um processo de nove etapas, com uso de soluções de hidróxido de sódio e ácido cítrico anidro. Como resultado 100 g de fibra natural resultaram em 3,5 g de lignina. A análise MEV desse produto mostrou que sua estrutura comporta-se de maneira lamelar, diferente da lignina extraída por mercerização via ácidos fortes. A análise FTIR, por sua vez, apresentou picos característicos de Álcoois e fenóis associados por ligação de Hidrogênio, de Alquenos Aromáticos C=C, de alcanos CH3 e também de ligações C-H de Anéis Aromáticos. Análises térmicas indicaram perda de 46,77% de massa a 69,30 °C e de 23,38% a 422,15 °C.