Ref.: MpoMcc08-004
Apresentador: Baltus Cornelius Bonse
Autores (Instituição): de Moraes, E.(Centro Universitário FEI); Donato, G.H.(Centro Universitário FEI); Bettini, S.H.(Universidade Federal de São Carlos); Bonse, B.C.(Centro Universitário FEI);
Resumo:
Visando melhorar a eficiência energética dos veículos, reduzindo massa e consumo de combustível, os fabricantes de automóveis tem investido na pesquisa de materiais compósitos, trocando o metal de seus componentes por materiais mais leves e resistentes, especialmente componentes estruturais. Compósitos termoplásticos reforçados com fibras longas têm seus benefícios reconhecidos e difundidos no exterior, mas no mercado brasileiro ainda são poucos disseminados. Em relação a materiais reforçados com fibras curtas, os compósitos com fibras longas possuem módulo de flexão, rigidez e resistência ao impacto superiores, mesmo a baixas temperaturas, além de apresentar boa retenção das propriedades a altas temperaturas, melhor resistência à fluência (creep), à fadiga e ainda estabilidade dimensional. Um dos termoplásticos mais utilizados na indústria automobilística é o polipropileno (PP) que possui baixo custo e densidade, alto desempenho, produção em massa e reciclabilidade, tornando PPs reforçados com fibra de vidro longa candidatos para uso estrutural. Neste contexto, o objetivo deste trabalho foi estudar propriedades mecânicas e térmicas de compósitos de PP reforçado com fibras de vidro longa, quando este compósito estiver sob a ação de solicitações mecânicas, fazendo um comparativo com compostos de poliamida 6 (PA6) reforçados com fibra de vidro curta, muito utilizados em componente automotivos. Foram ensaiados corpos de prova injetados de PP com fibras longas e PA6 com fibras curtas a teores de 30%, 40% e 50% em massa. Os resultados mostraram que a incorporação de fibras longas em uma matriz de PP elevou a resistência mecânica duas vezes mais do que a incorporação de fibras curtas em uma matriz de PA6. O estudo ainda revelou que o PP com 50% de fibras de vidro longas teria a mesma resistência à tração de uma PA6 reforçada com 20% de fibras curtas e que seu módulo de elasticidade equivaleria a um compósito de PA6 com 38% de fibras curtas. As propriedades de flexão mostraram que a resistência à flexão e o módulo em flexão de um PP com 50% de fibras longas equivaleria a um compósito de PA6 reforçado com 43% e 45% de fibras curtas e que para a resistência ao impacto do PP com 50% de fibras longas a equivalência em PA6 seria um teor de fibras curtas de 34%.