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Ref.: MpoBi08-005

Nanocompósitos biodegradáveis de polipropileno com reforço de fibras de açaí da Amazônia.

Apresentador: Isaac Aurelio Teixeira Monteiro

Autores (Instituição): Monteiro, I.A.(Universidade do Estado do Amazonas); Silva, B.M.(Universidade do estado do Amazonas); Teixeira Junior, R.M.(ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA); De Oliveira, J.S.(Universidade do Estado do Amazonas);

Resumo:
Os plásticos convencionais são polímeros macromoleculares, sintetizados a partir de matéria-prima fóssil, o petróleo. Faz parte da terceira geração da cadeia petroquímica e desde o início traz muitos benefícios para a sociedade, principalmente devido à sua alta resistência. Essa característica torna-se desfavorável quando não há gerenciamento suficiente dos resíduos sólidos, tornando-os um dos principais poluentes ao meio ambiente com toxicidade comprovada, além de representar resíduos econômicos e potenciais. Atualmente, os polímeros biodegradáveis vêm se destacando cada vez mais. Busca-se um material com durabilidade em uso e degradabilidade após o descarte. Estes materiais se constituem em compostos que devido à ação de microrganismos (fungos e bactérias) e macroorganismos serão degradados a compostos de baixa massa molar. Outra característica importante refere-se ao fato dos mesmos serem provenientes de fontes renováveis. Tais materiais encontraram aplicações na área médica (fios de sutura, implantes, sistema de liberação controlada de drogas, enxerto vascular, etc) em decorrência de sua biocompatibilidade, capacidade de dissolução no interior dos organismos e propriedades mecânicas adequadas a tais aplicações. Com o tempo, poderão também encontrar aplicações no setor de embalagens e setor agrícola. Este fato apresenta grande interesse, uma vez que o setor de embalagens é responsável por mais de um terço do total de resinas transformadas no Brasil. Este projeto de pesquisa tem como objetivo produzir compósitos biodegradáveis de polipropileno comercial com aditivos de degradação (PP) com fibras de açaí em diferente proporções de 5%, 10% 15% e 20%. Com intuito de analisar o comportamento mecânico e estrutural do açaí como reforço e o aditivo Biosphere como acelerador à degradação, sendo sua finalidade aumentando a área de superfície dos produtos plásticos e permitindo que micróbios plastopílicos se fixem às cavidades recém-descobertas do polímero. Sendo comprovando essa funcionalidade através de análises de FTIR, ensaio de tração, MEV (Microscópio eletrônico de varredura) e ensaio de área superficial (BET). Assim, ao contrário do plástico comum que pode ficar em um aterro sanitário por centenas ou milhares de anos, os polímeros biodegradáveis surgem como alternativa à petroquímica, a fim de subsidiar a estruturação desta nova indústria e desempenhar o papel de agente de conscientização ambiental. Tendo como propósito de minimizar os impactos ambientais causados pelo descarte inadequado do plástico.