Ref.: MCoBi02-028
Apresentador: LETICIA Terumi Kito
Autores (Instituição): Kito, L.T.(Instituto Tecnológico de Aeronáutica); Angélica Galvão dos Santos Silva, A.A.(Instituto Federal de São Paulo); Ramos, C.M.(Instituto Federal de São Paulo); Campos, T.M.(Instituto Tecnológico de Aeronáutica); Thim, G.P.(Instituto Tecnológico de Aeronáutica);
Resumo:
Lesões na pele ocorrem quando a integridade celular é comprometida devido a problemas mecânicos, físicos ou relacionados ao metabolismo. Entre as diversas lesões cutâneas, o câncer de pele continua sendo um dos tipos mais mortais de câncer, já que pode se manifestar como feridas, pintas ou manchas que apresentam dificuldade na cicatrização. Nos estágios mais avançados do câncer, a quimioterapia é um dos principais métodos a serem seguidos, porém muito agressivo para o corpo. Como alternativa de procedimentos minimamente invasivo, os nanotubos de titanato (TiNT) têm sido alvo de muitos estudos devido as propriedades fotocatalíticas, também apresentam alta biocompatibilidade, elevado volume dos poros e área superficial. No entanto, sua desvantagem está relacionada a tendencia natural de aglomeração. Com o intuito de aumentar a interação celular do TiNT, a funcionalização com grupo aminosilano é uma alternativa, uma vez que a presença do elemento nitrogênio pode ser favorável para respostas biológicas. Para este trabalho, se desenvolveu um filme à base de CMC (carboximetilcelulose), onde foram adicionados os nanotubos de titanato com o intuito de criar um curativo capaz de auxiliar no tratamento contra o câncer, já que o filme com o nanomaterial ao entrar em contato com a lesão e ser exposto a irradiação UV é capaz de liberar os nanotubos e garantir a proteção contra patógenos externos, auxiliando na cicatrização adequada. Os nanotubos de titanatos foram obtidos por meio do método hidrotermal e foram secos pelo processo de liofilização. Para a funcionalização dos TiNT, utilizou-se 0,2% (m/v) de APTMS (3-aminopropiltrimetilsilano) como o agente funcionalizante, a reação durou 3 horas na presença do solvente heptano e depois a amostra foi lavada com heptano e acetona. O material foi seco na estufa por 24 horas a 60 °C, sendo nomeado TiNT_NH2. Para a formação dos filmes, 1% (m/v) das amostras (TiNT e TiNT_NH2) foi incorporada em uma solução de 2% (m/v) de CMC, onde foram secos na estufa por 24h a 60 °C. Os resultados de TGA identificaram que a adição de nanotubos de titanato funcionalizado nos filmes permitiu uma melhora na estabilidade térmica dos filmes. Por meio do ensaio de fotodegradação foi possível determinar que os filmes desenvolvidos são bons candidatos para veículos de liberação de fármacos, uma vez que ao irradiar a luz UV nos filmes se observou a liberação de nanopartículas no meio. As amostras mostraram ser não citotóxicas após 24 h e 96 h em contato com células do tipo L929.