Ref.: MCoMte19-001
Apresentador: JULIANE PAULA DE LIMA PEREIRA
Autores (Instituição): PEREIRA, J.P.(UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO); Aragão, A.P.(UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO); Lins, A.d.(UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO); de Souza, L.V.(UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO); da Silva, J.B.(UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO); ANDRADE, A.L.(CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU); Andrade, D.A.(Universidade Federal de Campina Grande);
Resumo:
A indústria tem investido em pesquisas para que toda a sociedade tenha acesso a tecidos tecnológicos que supram diferentes demandas de segurança e conforto. Aliada a isso está a busca pelo emprego de produtos ecologicamente corretos, denominados de ecofrendly. Um desses produtos que vem se destacando é a quitosana, biopolímero natural obtido pela desacetilação da quitina (presente em fungos e exoesqueletos de insetos e crustáceos). Apesar de todos os benefícios associados a esse biopolímero, sua aplicabilidade na indústria têxtil é limitada em função da sua fraca ligação com os tecidos, a exemplo do algodão, que resulta na lixiviação gradual durante a lavagem em meio alcalino. Por isso, buscar formas de promover essa manutenção empregando agentes capazes de fixar a quitosana na superfície dos têxteis, pode ser uma alternativa para desenvolver tecidos funcionais com viabilidade comercial. O emprego de argila com alta teor de montmorilonita é uma excelente opção, a bentonita possui propriedades interessantes como capacidade de troca catiônica, alta viscosidade, alta superfície específica, carga superficial, alta capacidade de absorção, etc. Com base no exposto, neste estudo pretende-se avaliar o efeito do uso de bionanocompósitos quitosana/argila na modificação superficial e propriedade de conforto de tecidos de algodão. Para tanto, as amostras de algodão foram recobertas com soluções de quitosana e quitosana/argila empregando dois métodos distintos, imersão e borrifamento. As amostras de algodão puro e recobertas foram caracterizadas quanto ao grau de intumescimento e por microscopia ótica (MO). A rugosidade foi determinada partir das imagens de MO tratadas com software Gwiddeon. De acordo com os resultados os métodos de borrifamento e imersão foram eficientes no recobrimento das amostras de tecido de algodão. A rugosidade do algodão não foi alterada de forma significativa, de modo a comprometer a propriedade de conforto, após seu recobrimento com a solução de quitosana pura. Comparando as duas técnicas de recobrimento foi possível verificar que todas as amostras recobertas por borrifamento apresentaram menor rugosidade do que as amostras imersas. A microscopia eletrônica de varredura mostrou a formação de uma película fina superficial tanto para o tecido recoberto com quitosana quanto quitosana/argila, sendo mais uniforme e melhor distribuída, com uma trama mais fechada em função da presença do filme formado, para a concentração de 0,75% de quitosana.