Ref.: MceCa38-001
Apresentador: BRUNA DE SOUZA CONSTANTINO
Autores (Instituição): CONSTANTINO, B.D.(UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DA BAHIA); YADAVA, Y.P.(UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO);
Resumo:
Cerâmicas à base de zircônia (ZrO2) apresentam-se como um material de alto desempenho, com resistência a altas temperaturas, resistência à corrosão e alta dureza, encontrando aplicações em diversas áreas de avançada tecnologia, como a de biomateriais, eletrônica, e em revestimentos. No entanto, durante os processos de aquecimento e resfriamento, a estrutura cristalina da zircônia sofre uma transformação martensítica, da fase monoclínica para a tetragonal, ou vice e versa. Esta transformação de fases é acompanhada por uma variação de volume, que pode induzir a falhas. A adição de óxidos como céria, magnésia e ítria é capaz de estabilizar a estrutura desses materiais, levando à formação da zircônia estabilizada. Assim, o presente trabalho tem como objetivo produzir cerâmicas à base de zircônia parcialmente estabilizada com magnésia (MSZ) e avaliar o efeito das condições de temperatura de sinterização e da adição de óxido de titânio no desenvolvimento da microestrutura das cerâmicas. A zircônia foi estabilizada na fase metaestável tetragonal a partir da adição de 24% em peso de óxido de magnésio. Óxido de titânio em diferentes proporções (7,5, 15 e 22,5%, em peso) foi adicionado à matriz de MSZ. As amostras foram compactadas por prensagem uniaxial e sinterizadas por 24 h em ciclos térmicos a 1250ºC e 1350ºC. As cerâmicas sinterizadas foram investigadas através de difratometria de raios X, para identificação das fases presentes, de microscopia eletrônica de varredura, para caracterização microestrutural, além da medição da microdureza Vickers e de características físicas, como porosidade e densidade. De modo geral, os resultados indicam uma melhora na sinterabilidade das cerâmicas, devido à adição de óxido de titânio e do aumento da temperatura. Em que, a adição de óxido de titânio promoveu o aumento na dureza das cerâmicas e a estabilização da fase tetragonal. Verificou-se ainda que o aumento de dureza das amostras sinterizadas a 1350 ºC está relacionado com uma maior densificação das cerâmicas.