Ref.: MpoMcc08-003
Apresentador: Luciano Pisanu
Autores (Instituição): Pisanu, L.(Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial entro Integrado de Manufatura e Tecnologia); de Lima, S.L.(Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial entro Integrado de Manufatura e Tecnologia); Lima, A.P.(Universidade Federal da Bahia); Marques, E.P.(Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial entro Integrado de Manufatura e Tecnologia); Silva, M.F.(Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial entro Integrado de Manufatura e Tecnologia);
Resumo:
O polipropileno (PP) é um polímero termoplástico amplamente utilizado na indústria de materiais de construção devido à sua versatilidade, embora sua alta inflamabilidade e sensibilidade a agentes oxidantes e UV possam limitar sua aplicação. Para melhorar suas propriedades, são adicionados aditivos antichama, como compostos halogenados de bromo, e agentes anti-envelhecimento, como estabilizadores de luz de amina impedida (HALS). A combinação desses aditivos aumenta a resistência do PP ao fogo e à degradação foto e termo-oxidativa. Desta forma, esse estudo avaliou uma formulação de polipropileno com aditivos antichama e anti-UV para aplicações na construção civil. A formulação foi produzida utilizando a resina polimérica de polipropileno CP 241 juntamente com aditivos antichama (decabromodifeniletano e o trióxido de antimônio) e estabilizador de luz de especificação comercial SABOSTAB 119 UV. Além disso foi adicionado uma carga mineral, denominada carbonato de cálcio e uma porcentagem de polipropileno reciclado. Para avaliar a capacidade de inflamabilidade, os corpos de prova foram submetidos a norma UL94, no qual o classificaram como autoextinguível (V0). Os testes mecânicos mostraram que o polipropileno aditivado tem maior módulo de elasticidade (1242 x 1754 Mpa), sugerindo maior rigidez, porém com tensão no escoamento (13,73 x 13,68 Mpa) e ruptura (17,48 x 14,33 MPa) semelhantes ou ligeiramente inferiores ao PP convencional. A resistência ao impacto Izod do polipropileno aditivado foi significativamente menor (33,50 x 14,83 J/m), indicando menor capacidade de absorção de energia sob carga de impacto. Quanto à fluidez, o polipropileno aditivado obteve o escoamento aumentado (23,23 x 29,62 g/10 min), sendo vantajoso em processos de moldagem. No ensaio de envelhecimento acelerado, houve redução inicial na resistência ao impacto após 30 dias, seguida por estabilização e aumento após 90 dias. As variações no módulo de elasticidade foram atribuídas a mudanças na estrutura molecular. Através desses resultados, foi possível observar que a adição do carbonato de cálcio resultou em melhorias significativas nas propriedades do polímero e os aditivos antichama e UV aumentaram sua resistência ao fogo e sua durabilidade quando exposto à luz solar. Além disso, os ensaios de envelhecimento acelerado demonstraram que a formulação desenvolvida manteve suas propriedades mecânicas ao longo do tempo, o que é crucial para sua aplicação na construção civil, proporcionando maior segurança e durabilidade às estruturas construídas.