Ref.: MpoCa25-005
Apresentador: Luiz Paulo Botelho Barbosa
Autores (Instituição): Barbosa, L.B.(Universidade do Estado do Rio de Janeiro); da Costa, M.P.(Universidade do Estado do Rio de Janeiro); Ferreira, I.L.(Universidade do Estado do Rio de Janeiro);
Resumo:
Biohidrogéis são amplamente estudados em diferentes campos da indústria. Neste estudo, biohidrogéis foram produzidos fisicamente, a partir da combinação de dois polissacarídeos de cargas opostas, ágar/quitosana (AG/QUI), em diferentes concentrações. Ágar é um polissacarídeo extraído das paredes celulares de algas vermelhas marinhas, muito utilizado por suas propriedades gelificantes na indústria alimentícia e em aplicações médicas para engenharia de tecidos. O ágar é constituído por uma mistura de polissacarídeos: a agarose, polímero neutro, fração gelificante, e a agaropectina, fração não gelificante, ; é um polissacarídeo sulfatado (3 % a 10 % de sulfato) e pequenas quantidades de ácido pirúvico. A quitosana é o segundo polímero de ocorrência natural mais abundante, derivado da quitina por desacetilação alcalina, oriunda do exoesqueleto de alguns crustáceos como camarão, caranguejo e lagosta. Os biohidrogéis foram preparados sem agente reticulante. O pH do ágar foi variado na faixa de 4,5 e 6. A concentração de ambos os polissacarídeos foi de 1,0 % m/v e a razão volumétrica da mistura AGAR/QUI foi variada 1:1,1:2 e 2:1 . O tempo de reticulação foi mantido constante em 24 h. As amostras foram caracterizadas quanto a sua morfologia por microscopia eletrônica de varredura e quanto à capacidade de absorção de água pelo teste de grau de intumescimento. Os resultados mostraram que as amostras apresentaram uma superfície porosa conforme variou-se o pH. O teste de intumescimento mostrou que o material produzido teve uma absorção superior a 1000 %, sendo assim, classificado como superabsorvente. Em relação ao pH observou que o maior grau de intumescimento foi apresentado na relação de 2:1 com o pH = 6. Ademais, o menor grau de intumescimento foi apresentado na relação de 1:2 com o pH = 6. A partir deste estudo, conclui-se que o biohidrogel tem alterações significativas na sua capacidade de intumescimento em água, em função da alteração do pH do ágar.