Ref.: MCoErec08-021
Apresentador: Haniel Bruno Moura
Autores (Instituição): Moura, H.B.(Universidade Federal do Pará);
Resumo:
Com o aumento da escassez de vários recursos naturais normalmente utilizados na construção civil, pesquisadores do mundo inteiro vêm se dedicando no desenvolvimento de materiais alternativos para produção do concreto. Para validar a aplicação desses novos materiais em estruturas é essencial que se faça uma caracterização mecânica adequada dos mesmos. Para analisar as propriedades mecânicas do concreto, atualmente, a indústria da construção civil apresenta diversos métodos de ensaio para quantificar as propriedades dos objetos de estudo, utilizando-se principalmente de sensores posicionados no corpo de prova para medir deslocamentos, aberturas de fissuras e deformações. Entretanto, técnicas de medições sem contato vêm ganhando espaço nas metodologias de análises para a identificação de deslocamento e danos, como fissurações e descontinuidades. O presente trabalho utiliza da técnica DIC, através da implementação de um sistema de aquisição de imagem em conjunto com o Núcleo Avançado de Análise de Tensões (NAAT), da Faculdade de Engenharia Mecânica, para analisar as características mecânicas do concreto com resíduo de bauxita. Este novo agregado sintético vem sendo estudado e desenvolvido em um projeto da Faculdade de Engenharia Civil da UFPA em parceria com a empresa HYDRO ALUNORTE. Com o auxílio deste método, possibilitou-se a análise de campos de deformação na superfície do corpo de prova e deste modo, registrou-se parâmetros como o módulo de elasticidade do concreto e, quando possível, o coeficiente de Poisson. Para observar estas propriedades do material, foram experimentados 4 corpos de prova, seguindo as orientações da NBR:8522:2017 para ensaios de módulo de elasticidade em concreto. Foi avaliado um fator de correção (?E) para o cálculo do módulo de elasticidade segundo a NBR 8522:2017, no qual foi registrado um valor de ?E em média igual a 0,65, configurando um agregado com pouca rigidez. As deformações medidas para a direção x, apresentaram, de modo geral, significativa dispersão, tendo registrado poucos resultados satisfatórios, avaliando um coeficiente de Poisson entre 0,13 e 0,21.