Ref.: MpoPr23-001
Apresentador: Sandra Raquel Kunst
Autores (Instituição): Soares, L.G.(Universidade Feevale); Kunst, S.R.(Universidade Feevale); Silva, N.L.(Universidade Feevale); Morisso, F.D.(Universidade Feevale); Oliveira, C.T.(Universidade Feevale); Lourega, R.V.(Universidade Feevale);
Resumo:
A transformação de resinas termoplásticas representa uma porção significativa de toda a produção industrial no Brasil e no mundo. Em 2018, foram utilizadas mais de 348 milhões de toneladas de plástico no planeta inteiro. São muitas as formas de processamento, de acordo com cada tipo de produto a ser obtido. Perfis contínuos como os tubulares, por exemplo, chapas e filmes plásticos simples ou sob formas de sacos, sacolas e lonas, geralmente são obtidos por extrusão. Peças ocas de dimensões relativamente pequenas, como garrafas, frascos e bombonas são fabricadas pelo processo de sopro, normalmente precedido por extrusão ou injeção. A possibilidade de se usinar qualquer formato neste molde, que replicará a forma do produto plástico, amplia a manufatura à uma gama de variedades, desde peças mais simples, quanto as mais sofisticadas. A matéria-prima mais utilizada na moldagem por injeção são polímeros termoplásticos do tipo polipropileno. A matéria-prima mais utilizada na moldagem por injeção são polímeros termoplásticos do tipo polipropileno. Os polímeros (ou resinas) termoplásticos, como o polipropileno, constituem a matéria-prima de uma vasta gama de produtos, sendo empregado em uso doméstico, em estruturas de engenharia complexa, como a construção civil e diversos outros setores industriais. Eles podem ser processados de diversas maneiras, resultando em produtos diversificados em formas, características e cores. Além disto, os pigmentos são os responsáveis pelas cores destas matérias-primas in natura, geralmente incolores ou leitosas. No intuito de atender às especificidades de cores e aspectos requeridos pelos fabricantes, recorre-se à aditivação destas resinas, com concentrados chamados de pigmentos. Estes são os que garantem a coloração da matéria-prima e, por consequência, o aspecto do produto obtido. Os pigmentos podem ser classificados em orgânicos e inorgânicos, com a presença de metais pesados neste último. Os parâmetros de processamento destes termoplásticos por vezes exigem uma exposição dos mesmos a temperaturas relativamente altas. Mas os pigmentos, cujas composições são diferentes das resinas, podem sofrer degradações em faixas mais altas de temperatura, o que compromete a sua principal funcionalidade: a cor. Desta maneira, o presente estudo comparou duas classes de pigmentos, orgânico e inorgânico, através de análises termogravimétricas (TGA), colorimétricas e de Microscopia Eletrônica de Varredura com Espectroscopia por energia dispersiva de raios-X (MEV/EDS), realizadas em corpos de prova obtidos através da moldagem por injeção e com diferentes aditivações, apontando desempenho satisfatório dos orgânicos referente à estabilidade térmica e de cor, quando confrontados com os inorgânicos cujas formulações muitas vezes integram metais pesados.