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Ref.: MmeMcc43-002

Estudo do comportamento ao desgaste microabrasivo de ferros fundidos nodulares de alta resistência obtidos pelo processo de têmpera e partição.

Apresentador: Andre Caetano Melado

Autores (Instituição): Melado, A.C.(Instituto Federal do Espirito Santo); Florêncio, G.G.(Instituto Federal do Espirito Santo); Vieira, E.A.(Instituto Federal do Espirito Santo);

Resumo:
Neste trabalho foi avaliado o comportamento ao desgaste microabrasivo de ferros fundidos nodulares de alta resistência produzidos por um processo de têmpera e particição (Q&P). O processo Q&P está recebendo cada vez mais atenção como uma nova forma de produzir aços de alta resistência com microestruturas multifásicas compostas por uma matriz de martensita e quantidades substanciais de austenita retida estabilizada com carbono. Os ferros fundidos nodulares são candidatos naturais para receber esse tratamento devido a sua composição química, em especial o elevado teor de silício. Atualmente, as propriedades tribológicas decorrentes da aplicação do processo Q&P em ferros fundidos nodulares não foram investigadas. O tratamento térmico consistiu no aquecimento do material a 880° C por um tempo de 2 horas, seguido de têmpera em óleo a 140°C e 170°C, temperaturas intermediárias entre Ms e Mf, permitindo assim a formação de uma quantidade controlada de martensita. O material foi reaquecido a 300°C e 375°C (etapa de partição) por diferentes tempos entre 15 e 120 min e posteriormente resfriado ao ar até a temperatura ambiente. A evolução microestrutural foi investigada por difração de raios-X, microscopia ótica e por microscopia eletrônica de varredura (MEV). A microestrutura final foi composta por martensita revenida, ferrita bainítica e austenita estabilizada com enriquecimento de carbono. Foram realizados testes de dureza Rockwell no material tratado nas diferentes condições. Os ensaios de desgaste foram realizados num equipamento de microabrasão do tipo esfera livre. As microestruturas compostas por maiores frações volumétricas de mantensita revenida, apresentaram melhores resultados de resistência ao desgaste. As imagens das crateras de desgastes, analisados com o MEV, mostraram que o mecanismo de desgaste atuante foi, predominantemente, por rolamento.