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Ref.: MmeCa09-043

Caracterização de um material metálico e seu tratamento térmico, a partir de sua metalografia e ensaio de dureza. Uma visão pedagógica acerca de uma atividade industrial.

Apresentador: LINDCY RAPHAEL LAZARO VILHENA DA SILVA

Autores (Instituição): SILVA, L.R.(UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ); DEUS, D.S.(UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ); Dias, M.A.(UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ); FORO, J.L.(UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ); Silva, E.G.(Universidade Federal do Pará);

Resumo:
É muito comum a visão que as atividades acadêmicas se diferem bastante das atividades industriais, no entanto, é possível e deve ser feito assim que disponível, atividades e metodologias que simulem operações industriais, voltadas ao mercado de trabalho, com o intuito de trazer essa breve experiência aos futuros profissionais da área. Nesse sentido, o Laboratório de Metalografia e Tratamento Térmico da UFPA (GEPMAT), orientado pela Professora Dr. Amanda Lucena, através da matéria de mesmo nome do Laboratório, promoveu aos seus alunos uma atividade bastante comum na indústria, a partir de um corpo de prova não identificado, realizar um relatório mostrando sua composição e possível tratamento térmico recebido, a partir de sua metalografia e ensaio de dureza. Neste contexto, o corpo de prova apresentou uma comparação das microestruturas antes e depois do tratamento realizado do aço, que identificamos ser o aço 1080. O corpo de prova apresentava uma trinca que podia ser vista a olho nu, provavelmente em decorrência do tratamento. Olhando mais de perto o corpo de prova, observa-se estruturas martensíticas, caracterizadas por grão em formatos pontiagudos, o que é um dos pontos que nos levou a crer que o tratamento utilizado é a tempera. Diante disso, comparando com outras micrografias encontradas em artigos e com as oferecidas pelo laboratório do GPEMAT, as microestruturas encontradas se assemelham bastante com a do aço 1080, sendo um aço eutético, com porcentagem aproximada de 0,77% de C. É verificado também no livro do COLPAERT(2008) que quanto maior porcentagem de carbono, mais cementita é presente na microestrutura, que é caracterizada por uma coloração mais escura se vista de forma mais ampla, em comparação a ferrita, o que nos fez excluir os aços hipoeutetóides, já que aparentemente há uma grande quantidade de cementita. A nossa peça também apresentou menor resistência a corrosão e menores valores de Dureza (HRC) comparada a literatura, em média 43,55 HRC. Portanto, após os dados analisados, identificou-se que o corpo de prova é um AÇO 1080 e recebeu uma TÊMPERA de tratamento térmico, resultado discutido em sala de aula e confirmado pela professora orientadora. Sendo assim, a partir de todas as atividades realizadas, houve um grande desenvolvimento pessoal por parte dos alunos, melhoria nas pesquisas e trabalho em equipe, além de conseguir aplicar na prática os conteúdos teóricos que serão utilizados na indústria.