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Ref.: MCoMpa07-001

REJEITO CAULINÍTICO TRATADO QUIMICAMENTE PARA APLICAÇÃO COMO CARGA EM COMPÓSITO DE MATRIZ DE POLIÉSTER ISOFTÁLICO

Apresentador: Luiz Guilherme Mareco Viana

Autores (Instituição): Santos, J.C.(Universidade Federal do Pará); Viana, L.G.(Universidade Federal do Pará); Ramos, J.d.(Universidade Federal do Pará); COSTA, D.S.(Universidade Federal do Pará); Hildebrando, E.A.(Universidade Federal do Pará);

Resumo:
A produção de rejeito é uma parte, muitas vezes, inevitável de um processo produtivo. Nos últimos anos, o setor de mineração tem tido uma crescente proporcional na demanda de minerais e no volume de resíduo. A geração de resíduos causa preocupações ambientais, sociais e econômicas. Assim, busca-se por diferentes alternativas, como a utilização desse material para a produção de novas tecnologias através de novos materiais, como os compósitos. Dessa forma, o presente estudo tem como objetivo a realização da incorporação do rejeito de caulim tratado com acetato de potássio visando sua aplicação como carga de reforço na produção de materiais compósitos de matriz poliéster para avaliação de propriedades físicas, de tração e de chama. O rejeito de caulim foi classificado granulometricamente em peneira de 100 mesh da série Tyler e caracterizado por difração de raios X (DRX). Posteriormente, uma solução estequiometricamente de rejeito de caulim, acetato de potássio (KAc) e água destilada foi submetida ao processo de tratamento químico, ficando sob agitação magnética por 8 horas em temperatura ambiente e, em seguida, deixada em repouso. Após 24 horas, o material foi filtrado e colocado em estufa à 60 °C. Os corpos de prova foram confeccionados a partir das placas de 10% (RCT-10) e 20% (RCT-20) de rejeito de caulim tratado e placas da resina polimérica (RP). Foram realizados os ensaios físicos de absorção de água (AA), porosidade aparente (PA) e massa específica aparente (MEA), ensaio de tração e ensaio de chama. Após análises, foi observado que a incorporação de carga resultou em mudanças estatisticamente satisfatórias, principalmente para o RCT-10, em suas propriedades físicas, que apontaram uma tendência de crescimento conforme o aumento de carga na resina, e características relevantes devido resistência a propagação de chamas, onde a taxa de propagação (mm/min) da amostra RCT-10 foi de 29,78 e da RCT-20 foi de 30,19, valores abaixo do exigido pela norma ASTM D 635. Nos resultados de ensaio de tração, o limite de resistência à tração (LRT) de RCT-10 e RCT-20 diminuiu de 17,24 MPa e 12,20 MPa, respectivamente. Assim, pode-se dizer que a pesquisa alcançou resultados satisfatórios, conforme demonstrado na literatura, além da considerável importância do reaproveitamento de rejeito para contribuir na diminuição de impactos ambientais.