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Ref.: MmeCo14-039

O EFEITO DA FORÇA IÔNICA NA CORROSÃO DE AÇO CARBONO EM PRESENÇA DE CO2

Apresentador: Brenda Caroline da Silva Cardozo

Autores (Instituição): Cardozo, B.d.(Universidade Federal do Rio de Janeiro); Assunção, F.(Universidade Federal do Rio de Janeiro); Moreira, R.M.(Universidade Federal do Rio de Janeiro); Almeida, T.d.(Universidade Federal do Rio de Janeiro); Mattos, O.R.(Universidade Federal do Rio de Janeiro);

Resumo:
A corrosão pelo CO2 é uma das principais formas de deterioração em instalações de aço carbono na indústria de petróleo e gás. Esse tipo de corrosão sofre influência de diversas variáveis, como pH, temperatura, pressão e concentração salina. No Brasil, a água de formação pode apresentar até 25% de NaCl. Alguns trabalhos na literatura observaram que a taxa de corrosão diminui com o aumento do teor de cloreto. No entanto, falhas nas metodologias não permitem um entendimento conclusivo sobre os efeitos da salinidade na corrosão uniforme dos aços, sem que este, seja associado à mudança na concentração de CO2 em função da diferença na força iônica gerada pelas diferentes concentrações de sal. Portanto, compreender a influência da salinidade e o efeito do CO2 no mecanismo de corrosão é importante para aprimorar os modelos utilizados na predição da velocidade de corrosão deste aço. Este entendimento propiciará um aprimoramento nos softwares utilizados na predição de velocidade de corrosão. Para a realização deste estudo, ensaios eletroquímicos e de polarização linear foram realizados utilizando um eletrodo de disco rotatório. OBJETIVO: Investigar a influência da salinidade na corrosão do aço carbono, variando a força iônica da solução de cloreto de sódio e mantendo constante a concentração do CO2 dissolvido. Para isto, serão realizados ensaios eletroquímicos e de polarização linear. METODOLOGIA: Medidas de impedância eletroquímica foram realizadas utilizando um sistema clássico de três eletrodos, sendo: o contra eletrodo de platina, o eletrodo de trabalho de disco rotatório de aço carbono e o eletrodo de referência de calomelano saturado. Para os diagramas de impedância, a faixa de frequência foi iniciada na faixa de kHz e terminada em poucos mHz com uma perturbação linear senoidal (10-15 mV pico-a-pico). Os ensaios de polarização linear foram realizados no mesmo setup apresentado e na faixa de potencial + ou - 500 mV em relação ao OCP a uma velocidade de 0,125 mV/s, a fim de se obter uma curva de polarização quase-estacionária. Os demais testes ainda estão sendo realizados em laboratório. Resultados: Os diagramas de impedância eletroquímica exibiram um arco capacitivo em mais altas frequências, os quais são relacionados à relaxação da dupla camada elétrica, seguido por um arco indutivo e outro capacitivo em baixas frequências, indicando, portanto, o mesmo mecanismo de reação. Os valores de resistência à transferência de carga sugerem que os processos não estão sendo acelerados ou atrasados com o aumento da concentração de sal. As curvas de polarização linear estão mostrando uma tendência no ramo catódico de um decréscimo da corrente limite observada. Conclusão: Ao comparar os valores obtidos experimentalmente e os determinados através de simulações, nota-se que há uma diferença entre eles. Tal disparidade evidencia que o software não considera o efeito da concentração de salina em seus cálculos.