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Ref.: MceMcc08-005

Análise do Impacto da Substituição de Agregado Graúdo por Poliestireno Expansível no Concreto para Viabilidade Construtiva

Apresentador: Francisca Laíssa Soares Silveira

Autores (Instituição): Lemos, F.M.(Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará); de Sousa, L.F.(Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará); Torres de Castro, I.(Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará); Marreiro, K.C.(Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará); Soares Silveira, F.L.(Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará); Saraiva, R.(Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará);

Resumo:
O progresso na indústria da construção civil tem sido catalisado pela inovação tecnológica, especialmente na introdução de materiais alternativos para reduzir peso, melhorar eficiência e diminuir custos. Nesse contexto, a substituição do uso de materiais alternativos ao agregado em concretos e argamassas apresenta-se como um caminho para a inovação e conscientização ambiental na construção civil. O concreto leve, por sua vez, caracteriza-se como um material leve e resistente, que tem seu uso desde blocos de pavimentação até elemento estrutural. Sua principal característica é o menor peso, normalmente associado ao uso de algum tipo de agregado leve. Diante deste cenário, o presente estudo foi conduzido para investigar os efeitos da substituição de 10% do agregado graúdo por EPS (poliestireno expandido) no concreto. Foram utilizados para a produção dos concretos o Cimento Portland V ARI-RS, com massa específica de 3000 Kg/m³, areia média, com massa específica de 2590 Kg/m³, brita 1, com massa específica de 2730 Kg/m³, e EPS, densidade aparente de 15 Kg/m³. Foram realizados ensaios com os corpos de prova de referência, contendo 0% de EPS em sua composição, e com os de substituição, possuindo 10% de EPS em relação ao volume de brita utilizado na produção do concreto. Após o processo de moldagem, os corpos de provas foram sujeitos ao processo de cura úmida, por 21 dias. Em seguida, foram submetidos aos ensaios de Determinação da absorção de água por capilaridade, de acordo com a NBR 9779/2012, Determinação da absorção de água, índice de vazios e massa específica, conforme NBR 9778/2009, e Ensaio de compressão de corpos de prova cilíndricos, NBR 5739/2018. O estudo revelou que os corpos de prova não convencionais apresentaram maior absorção de água por capilaridade que os convencionais, com valores de 0.54 e 0.64 contra 0.37 e 0.36, respectivamente. Além disso, observou-se que o material com EPS teve absorção de água e índice de vazios maiores do que a amostra sem o polímero, mostrando aquele ser mais poroso, expondo os valores de 4.86 e 5.67 (substituições 1 e 2) versus 3.04 e 3.16 (referências 1 e 2) para a absorção de água, e 9.95 e 11.67 (substituições 1 e 2) versus 7.12 e 7.44 (referências 1 e 2) para o índice de vazios, e as suas massas específicas apresentaram diminuição quando comparadas a esta, apontando uma média de 2.05 contra 2.35 na condição seca, 2.16 contra 2.42 na saturada e 2.31 contra 2.53 a real, todas comparando o concreto com EPS versus sem, respectivamente. Ademais, por fim, houve uma redução na resistência à compressão do concreto, em que os corpos de prova de referência obtiveram uma média de 26,59 MPa, em contraponto com os de substituição, apresentando média de 5 MPa. Apesar dos resultados apontarem uma inadequação do concreto com substituição para fins estruturais, tal material pode ser usado em outras obras, com diferentes exigências e propósitos distintos.