Ref.: MCoMcc21-004
Apresentador: ANA JULIA SILVA ROCHA
Autores (Instituição): Nunes, D.d.(Universidade Federal de Sergipe); ROCHA, A.S.(Universidade Federal de Sergipe); Oliveira, A.S.(Universidade Federal de Sergipe); Barboza, E.C.(Universidade Federal de Sergipe); Santos, E.W.(Instituto Federal de Sergipe); Martins, C.O.(Universidade Federal de Sergipe); Griza, S.(Universidade Federal de Sergipe);
Resumo:
A utilização de ensaios não destrutivos (END) na inspeção e perícia de estruturas de
concreto pós-incêndio é uma ferramenta de suporte relativamente avançada frente ao
panorama atual de alguns locais do Brasil, onde a inspeção visual e os ensaios destrutivos
ainda são os recursos exclusivamente utilizados para avaliar a integridade de estruturas.
Dentre os END aplicáveis ao concreto, o ensaio de ultrassom, mais especificamente o
método de ensaio da velocidade de propagação do pulso ultrassônico (VPU), vem sendo
utilizado como uma eficiente alternativa para detectar e monitorar a presença de defeitos
superficiais e internos com o mínimo comprometimento da integridade física da estrutura
e avaliar a resistência residual de elementos estruturais de concreto após a ocorrência de
sinistros. Este trabalho visa estudar a influência da exposição a altas temperaturas na
resposta dos valores de VPU de concretos pós-incêndio. Para o estudo foram definidas
duas classes de resistência para dosagem e moldagem de corpos de prova de concreto
(CPs), 25 MPa e 40 MPa, também foram considerados dois níveis de temperaturas para
aquecimento dos CPs, 400 °C e 800 °C, e foram escolhidas duas idades de testes, 100
dias e 720 dias. Foram moldados CPs com geometria prismática (80 mm x 80 mm x 370
mm), nos quais a distâncias percorrida pela onda sonora de alta frequência foi de 80 mm.
Nesses CPs foram realizados ensaios de ultrassom antes e depois do aquecimento. Ainda
para cada idade e para cada temperatura foram moldados três CPs para verificar a
resistência a compressão do concreto. Os resultados obtidos nos ensaios de ultrassom
demostraram que a VPU diminuiu com o aumento da temperatura. Outro ponto
importante foi que a velocidade não variou significativamente em função da classe, as
VPUs de C25 e C40 foram iguais estatisticamente.