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Ref.: MCoBi02-023

MEMBRANAS DE QUITOSANA/ÓXIDO DE GRAFENO/POLIETILENOGLICOL PARA APLICAÇÃO NA REGENERAÇÃO EPITELIAL

Apresentador: Wvandson Felipe Wanderley

Autores (Instituição): Wanderley, W.F.(Universidade Federal de Campina Grande); Leite, I.F.(Universidade Federal da Paraíba); Fim, F.D.(Universidade Federal da Paraíba); Silva, S.M.(Universidade Federal de Campina Grande); Fook, M.V.(Universidade Federal de Campina Grande);

Resumo:
Este trabalho teve como objetivo desenvolver membranas de quitosana (CS) carregadas com óxido de grafeno (OG) e plastificadas com polietilenoglicol (PEG), e investigar a influência dos teores da carga e do plastificante em suas propriedades físico-químicas, elétricas e biológicas, visando aplicação na cicatrização de ferimentos. As membranas foram preparadas pelo método de evaporação de solvente (casting) com diferentes teores de OG (5 e 10% m/m) e polietilenoglicol (PEG) (1% v/v), e caracterizadas quanto à espectroscopia de infravermelho por transformada de Fourier (FTIR), molhabilidade por ângulo de contato, grau de intumescimento, teste de condutividade elétrica e citotoxicidade in vitro, enquanto a solução/dispersões precursoras foram submetidas à atividade antimicrobiana pelo método de difusão em Ágar. Interações entre CS/OG, CS/PEG e OG/PEG foram confirmadas por FTIR, mostrando boa sinergia química entre os constituintes. O ângulo de contato das membranas em água destilada e PBS variou entre 36° e 57°, o que as classificam como super-hidrofílicas e hidrofílicas. Apresentaram também bom intumescimento nos mesmos fluidos. Essas características evidenciam a boa capacidade de absorção de exsudatos proveniente de ferimentos. As propriedades elétricas dos nanocompósitos foram melhoradas com a adição do OG, mostrando condutividade de até 1,48x10-3 S/cm, similar a derme humana (2,2x10-3 S/cm), fator determinante no estímulo de células eletro-responsivas para a cicatrização. A solução de CS e todas as dispersões apresentaram inibição frente aos micro-organismos estudados, com halos de até 9 mm para Staphylococcus aureus e até 8 mm para Escherichia coli e Candida albicans. As membranas não apresentaram citotoxicidade (grau 0) para células fibroblásticas L929. Todos os resultados revelam que as membranas desenvolvidas nesse estudo, possuem excelente potencial para aplicações biomédicas como curativos para cicatrização de ferimentos.