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Ref.: MpoBi32-016

Filmes de amido com óleo essencial de cravo: uma alternativa sustentável para embalagens ativas de alimentos.

Apresentador: Viviane dos Santos Mendes

Autores (Instituição): Mendes, V.d.(Universidade Federal do ABC); Rosa, D.d.(Universidade Federal do ABC); Santos, P.H.(Universidade Federal de São Carlos);

Resumo:
Há uma demanda cada vez maior pela substituição de embalagens plásticas tradicionais por materiais renováveis, e essa demanda atinge também o setor de alimentos. Contudo, o grande desafio de pesquisadores deste setor é o de encontrar substitutos para o plástico que apresentem as mesmas propriedades de proteção e conservação que o polímero sintético oferece, mas que garanta a segurança tanto de consumidor quanto do meio ambiente. Neste trabalho foram produzidas embalagens ativas feitas à base de amido modificado, um biopolímero, através do método de solution casting com o objetivo de empregá-las na conservação de alimentos. Primeiramente, foram produzidas emulsões de Pickering utilizando óleo essencial de cravo-folha (Eugenia caryophyllus) como agente de conservação do alimento nas concentrações de 10 e 20%. A presença do óleo objetiva proporcionar ao filme as propriedades antioxidantes e antibacterianas necessárias para garantir ao produto final seu caráter de conservação. As emulsões foram caracterizadas em termos de estabilidade visual, tamanho de partícula e repulsão-atração eletrostática ou cargas entre partículas. Os resultados parciais desses testes indicam que a estabilidade superior a 70% após 28 dias, deste modo, as amostras do teste antioxidante (DPPH) apresentaram uma redução na atividade antioxidante em condições de maior instabilidade aos longos do dia, indicando uma possível degradação das propriedades antioxidantes das nanopartículas; entretanto, as amostras tratadas com Ultraturrax (UT) parecem ter uma atividade antioxidante mais estável e consistente ao longo do tempo, especialmente em temperaturas mais baixas (4°C). Por outro lado, as amostras tratadas com ultrassom de alta intensidade (US) mostraram uma tendência a diminuir a atividade antioxidante com o passar dos dias, especialmente em temperaturas mais altas (25°C). Todavia, o comportamento dessas partículas e sua estabilidade em diferentes condições ambientais e formulações são influenciadas por uma série de fatores, incluindo temperatura, concentração e tamanho das partículas.