Ref.: MCoMeim32-005
Apresentador: Sidney Souza Dos Santos
Autores (Instituição): Lima Junior, A.M.(Universidade Estadual Paulista - Júlio de Mesquita Filho); Nascimento, D.W.(Universidade Estadual Paulista - Júlio de Mesquita Filho); de Moura, M.R.(Universidade Estadual Paulista); Aouada, F.A.(Universidade Estadual Paulista); Dos Santos, S.S.(Universidade Estadual Paulista);
Resumo:
A questão da escassez de água tem se tornado cada vez mais premente ao
longo dos anos. No contexto acadêmico, a busca por soluções tecnológicas
inovadoras que possam auxiliar na purificação da água tem sido intensificada,
com o intuito de mitigar essa problemática. Este trabalho tem como foco
principal a elaboração de uma metodologia para a modificação química
superficial da argila Cloisita-Na+, através da incorporação de nanopartículas de
magnetita. O objetivo é aumentar a eficácia no tratamento de efluentes
industriais, proporcionando uma contribuição significativa para a gestão
sustentável dos recursos hídricos. A avaliação e a caracterização das amostras
obtidas foram realizadas através da utilização de métodos analíticos, que
incluíram o Espalhamento Dinâmico de Luz (DLS), o Potencial Zeta e
espectroscopia UV-Vis. Os resultados obtidos indicaram uma redução no
tamanho médio das nanoestruturas, passando de aproximadamente 108 nm
para 80 nm, quando comparados os clusteres de argila pura e magnética
(Cloisita-Mag), respectivamente. Isso sugere uma eficácia significativa do
processo de modificação proposto. Este resultado indica diminuição do
espaçamento interlamelar das plaquetas de argila. Além disso, os resultados
de potencial Zeta mostraram que as dispersões de ambas as argilas são
termodinamicamente estáveis, apresentando valores para Cloisita-Na+ e
Cloisita-Mag em torno de -33 mV e -42 mV, respectivamente. Os ensaios de
remoção de corante azul de metileno demonstraram a alta eficiência de
adsorção da argila magnética, alcançando aproximadamente 98% de remoção
em menos de 1 hora. Diante dos resultados obtidos, é possível inferir que as
argilas magnéticas estudadas apresentam alto potencial de aplicação em
sistemas de remediação de águas contaminadas por corantes catiônicos.
Agradecimentos: Os autores gostariam de agradecer à Unesp, à Fundação de
Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo - FAPESP (# 2018/18697-1) e ao
CNPq (MRM 312530/2018-8; FAA 316174/2021-1 e 405680/2016-3). Este
estudo foi financiado em parte pela Coordenação de Aperfeiçoamento de
Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) - "Código Financeiro 001".