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Ref.: MmeCa17-002

Estudo do desgaste da liga amorfa Zr52.2Cu17.9Ni14.6Al10Ti5 por meio de um tribômetro de deslizamento recíproco

Apresentador: Marcio Andreato Batista Mendes

Autores (Instituição): Mendes, M.A.(Universidade Tecnológica Federal do Paraná); Pereira, J.G.(Universidade Tecnológica Federal do Paraná);

Resumo:
Ligas amorfas ou metais vítreos são uma classe diferente de metais as quais não apresentam uma estrutura cristalina regular, comumente encontrada em metais solidificados convencionalmente, ou seja, não possuem uma estrutura atômica ordenada, sendo compostas por uma estrutura denominada de amorfa, semelhante à estrutura do vidro. Também conhecidos como Bulk Metallic Glass, os metais vítreos possuem algumas propriedades que se sobressaem aos metais cristalinos, como por exemplo nas propriedades magnéticas. Além disso, por não possuírem uma estrutura cristalina, os metais amorfos estão isentos de defeitos estruturais na rede ou defeitos químicos, o que proporciona excelentes propriedades químicas e mecânicas. Para que ocorra a amorfização dos metais, são necessárias taxas de resfriamento geralmente na ordem de 103 K/s a 106 K/s, com o objetivo de manter a “desorganização” atômica que está presente enquanto o material está em seu estado fundido. Neste presente trabalho foi estudado a resistência ao desgaste da liga Vit 105 num tribômetro de deslizamento recíproco. A liga foi processada a partir de elementos puros por meio de fusão a arco voltaico na estequiometria Zr52.5Cu17.9Ni14.6Al10Ti5 e coquilhada em um molde de cobre à uma taxa de resfriamento de aproximadamente 103 K/s em chapas no tamanho de 80 mm por 30 mm. As superfícies de contato entre o pino e a amostra foram preparadas de acordo com a norma que rege o ensaio tribológico: ASTM G-99. Os ensaios tribológicos foram realizados variando-se o valor da carga sobre o pino, com controle de temperatura na superfície de contato entre o pino e o disco. A área e volume desgastados da superfície e a profundidade de perfil dos corpos ensaiados foram analisados em um microscópio confocal de aberração cromática, onde foi verificada uma alta resistência relativa ao desgaste dessa liga. A amostra foi analisada por DSC, MEV e DRX. Análises posterior ao desgaste revelaram poucas alterações microestruturais. Esses resultados demonstram uma elevada resistência ao desgaste da liga, o que impulsiona o uso desse material pela indústria, especialmente onde a resistência ao desgaste seja relevante.