Ref.: MmeCo14-029
Apresentador: Lisete Cristine Scienza
Autores (Instituição): Possani, G.K.(Universidade Federal do Rio Grande do Sul); Schneider, E.L.(Universidade Federal do Rio Grande do Sul); Scienza, L.C.(Universidade Federal do Rio Grande do Sul);
Resumo:
A liga de alumínio AA2024-T3 é bastante conhecida por sua utilização na aviação civil e militar. O principal elemento de liga é o cobre, cujos precipitados intermetálicos contribuem diretamente para a sua resistência mecânica. No entanto, estes precipitados também formam áreas catódicas que aceleram a corrosão localizada, justificando a necessidade de tratamentos de superfície. A anodização é uma opção viável para este fim, sendo comumente empregada em banhos contendo ácido crômico ou ácido sulfúrico. Apesar de bastante conhecida, a anodização em ácido sulfúrico pode ser aprimorada por meio de seus parâmetros de processo, como temperatura, tempo, densidade de corrente e composição do banho eletrolítico. Uma mistura de dois ou mais ácidos no banho de anodização pode ser utilizada para obter uma película de óxido mais protetora. A presença de ácidos carboxílicos, por exemplo, pode afetar a viscosidade e o pH do eletrólito, alterando formação e microestrutura superficial dos filmes anodizados, e, consequentemente, no seu desempenho à corrosão. Assim, o propósito deste trabalho foi estudar a anodização da liga AA2024-T3 em ácido sulfúrico com a adição dos ácidos oxálico, cítrico e succínico, em modo galvanostático (1,5 A/dm2), à temperatura 28±2ºC. As amostras anodizadas foram avaliadas por meio dos seus transientes de processo, microscopia eletrônica de varredura, espectroscopia de impedância eletroquímica e polarização potenciodinâmica em solução de NaCl 0,1 M. Os transientes indicaram um comportamento típico, sendo possível identificar os estágios de formação das camadas barreira e porosa. No entanto, houve variações dos potenciais nos diferentes eletrólitos, o que pode ser diretamente relacionado às diferenças no espessamento e uniformidade dos óxidos formados, também observados pelas imagens de microscopia, onde foi constatada a presença de uma estrutura porosa com fissuras e cavidades. As polarizações e impedâncias foram coerentes e indicaram que, comparado à anodização em ácido sulfúrico, a adição dos ácidos carboxílicos não contribuíram para incrementar a resistência à corrosão.