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Ref.: MCoErec32-001

Desenvolvimento in situ de nanocompósitos celulose bacteriana e borra de café

Apresentador: Claudimir Antonio Carminatti

Autores (Instituição): Rossetin, L.G.(Universidade Federal de Santa Catarina); Smokovicz, L.S.(Universidade Federal de Santa Catarina); Araujo Junior, R.A.(Universidade Federal de Santa Catarina); Recouvreux, D.d.(Universidade Federal de Santa Catarina); Carminatti, C.A.(Universidade Federal de Santa Catarina);

Resumo:
Compósitos reforçados com fibras ou partículas naturais têm atraído um crescente interesse como uma alternativa aos compósitos reforçados por fibras sintéticas devido às suas propriedades, que incluem alta resistência e módulo específico, flexibilidade durante o processamento, baixo custo e resistência substancial à corrosão e fadiga. A nanocelulose bacteriana (NCB) possui características que a tornam única, tais como elevada pureza, cristalinidade, biodegradabilidade e biocompatibilidade. O café é uma das bebidas mais consumidas no mundo, gerando grande quantidade de borra. Esta borra de café (BC) possui centenas de constituintes, entre eles a celulose e a lignina, que lhe conferem grande potencial para a produção de novos produtos, diminuindo assim seu descarte em aterros como resíduo. O objetivo deste trabalho foi produzir um nanocompósito formado por nanocelulose bacteriana e borra de café (NCB/BC) utilizando uma metodologia in situ, determinando suas propriedades morfológicas e mecânicas. A bactéria Komagataeibacter hansenii foi utilizada para a produção dos hidrogéis de NCB/BC utilizando duas metodologias de produção: in situ estática (14 dias, 30 oC) e in situ agitada (72 horas, 30 oC, 125 rpm), testando diferentes concentrações de borra de café. Os resultados demonstraram que foi possível a síntese de hidrogéis de nanocelulose bacteriana e borra de café utilizando metodologia in situ. A análise da estrutura do nanocompósito formado utilizando MEV permitiu a visualização das partículas de BC entre as nanofibras da NCB, enquanto as propriedades mecânicas sofreram alterações, uma vez que a borra de café age como um plastificante. Os nanocompósitos obtidos poderão ser utilizados para o desenvolvimento de aplicações em diferentes áreas e ajudarão a diminuir a quantidade de resíduos descartados no meio ambiente.