Ref.: MmeCo20-002
Apresentador: Isabelle Christinne Silva Almeida
Autores (Instituição): Almeida, I.C.(Instituto Militar de Engenharia); Vieira, A.V.(Instituto Militar de Engenharia); Alves, F.P.(TechnipFMC); Brandao, L.P.(Instituto Militar de Engenharia); de Sousa, T.G.(Instituto Militar de Engenharia);
Resumo:
Estruturas e componentes metálicos, quando expostos ao hidrogênio,
podem sofrer degradação por meio de um processo chamado fragilização por
hidrogênio. Esse fenômeno ocorre quando o hidrogênio atômico se difunde para
dentro do metal e se acumula em falhas microestruturais, como discordâncias,
contornos de grão e precipitados. Essa deterioração induzida pelo hidrogênio nas
propriedades do material pode comprometer a integridade do material levando a
falhas prematuras.
Embora os mecanismos que regem os processos de craqueamento assistidos
pelo ambiente (EAC), como no caso da fragilização por hidrogênio, continuem a
ser amplamente discutidos, esse processo deve ser considerado ao projetar
componentes que serão expostos ao hidrogênio.
Este mecanismo de fragilização causa diminuição do desempenho do
material que se manifesta com redução da ductilidade e resistência à fratura,
aumento da taxa de propagação de trinca e início de propagação de trinca com
intensidades de tensão inferiores, chamadas de ‘limiares’ (Kth). É importante que
se conheça essas limitações de modo a reduzir a probabilidade de falhas e entender
o desempenho do material quando em condições fragilizantes e uma vez que não
existe uma abordagem analítica que permita predizer um arranjo
material+ambiente e indicar a sua redução de capacidade.
Visando preencher essa lacuna, diversos protocolos experimentais foram
desenvolvidos e padronizados para avaliar a suscetibilidade de um material à
fragilização por hidrogênio.
Dependendo do método experimental, o tempo de teste necessário pode
inviabilizar sua execução. Dessa forma, ao longo do tempo, foram realizadas
algumas adaptações buscando maior eficiência prática. Existem três métodos
padronizados baseados na mecânica da fratura para quantificar o comportamento
do EAC (Entalhe por Corrosão Assistida): carregamento ou deslocamento
ascendente (ISO 7539–9), carregamento ou deslocamento estático incremental
(ASTM F1624) e carregamento ou deslocamento estático (ASTM E1681/G168).
Este trabalho visa realizar uma revisão crítica da literatura sobre o método de
carregamento ou deslocamento estático incremental, abordando a evolução da
metodologia ao longo do tempo, bem como as adequações que vêm sendo
realizadas.