Ref.: MceErec06-002
Apresentador: PEDRO GABRIEL BATISTA DA COSTA
Autores (Instituição): Monteiro, F.M.(Instituto Federal do Rio Grande do Norte); Machado, T.G.(Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia); Ribeiro Neto, D.V.(Instituto Federal do Rio Grande do Norte); Assis, R.B.(Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia); DA COSTA, P.B.(IFRN); Pereira, A.d.(Instituto Federal do Rio Grande do Norte);
Resumo:
Entre as principais características dos materiais cerâmicos têm-se a capacidade de incorporar resíduos sólidos e torná-los inertes. Na literatura acadêmica existem diversas pesquisas que corroboram com essa afirmação, especialmente pelos resultados obtidos ao incorporarem, por exemplo, pó de borracha, vidro e outros resíduos em peças cerâmicas. A principal preocupação é ter produtos com propriedades tecnológicas tecnicamente compatíveis com as normas estabelecidas pelos órgãos regulamentadores. A cerâmica vermelha, encontrada no Rio Grande do Norte em quase todo seu território, é responsável por gerar inúmeros tipos de resíduos sólidos. É possível citar, por exemplo, as cinzas vegetais e os resíduos das peças que quebraram após o processo de sinterização. Esse resíduo, após o processo de beneficiamento, é conhecido como chamote. Entre os técnicas de fabricação de produtos cerâmicos têm-se a colagem por barbotina. Neste processo, as matérias-primas minerais se encontram em suspensão coloidal com água. Por conseguinte, a suspensão é colocada em um molde (geralmente de fabricado com gesso), no formato desejado da peça que, após o período de secagem, adquire permanentemente a forma do modelo original. Esse processo de fabricação em largamente usado na cerâmica de louça sanitária e de mesa, por exemplo. Neste sentido, este projeto de pesquisa possui como objetivo produzir peças cerâmicas usando o processo de colagem de barbotina com adição de chamote. A barbotina será produzida com argila caulinítica, feldspato de potássio e quartzo. O resíduo da cerâmica vermelha (chamote) será incorporado nas proporções de 5%, 10% e 15%. O formato das peças será de "copo americano", principalmente pela facilidade de produção do molde. Após o desprendimento das peças do molde de gesso, tem-se a secagem na estufa por 24 horas. O processo é finalizado com a sinterização. As temperaturas escolhidas para sinterização das peças, neste trabalho, foram de 900°C, 950° e 1000°C, com taxa de aquecimento de 5°C/min e isoterma de 120 minutos na temperatura mais elevada. Espera-se, ao final da pesquisa, resultados que apontem para a eficácia da utilização de chamote na produção de peças pelo processo de colagem de barbotina.