Ref.: EmaPr41-001
Apresentador: ALIPSSON GUSTAVO TAVARES DA SILVA
Autores (Instituição): SILVA, A.T.(Universidade Federal Rural do Semi-Arido);
Resumo:
Os procedimentos para a produção de sal marinho ou a dessalinização da água por meio da membrana de osmose reversa geram volumes consideráveis de salmouras hipersalinas. As principais abordagens para reduzir esses volumes incluem a disposição da salmoura em lagoas de evaporação ou seu tratamento através da cristalização evaporativa, como a cristalização por destilação por membrana (CDM). Neste estudo, exploramos um novo conceito visando aumentar a eficiência da dessalinização, utilizando aquecimento local ou a quebra de ligações de hidrogênio por meio da ação do plasma.
Investigamos a evaporação térmica da salmoura hipersalina aplicando plasma sobre sua superfície e comparamos com a evaporação sem a presença de plasma. Em ambas as situações, observou-se a formação de cristais na superfície, especialmente em salmouras mais concentradas, com densidade entre 1,2360 g/cm³ e 1,2455 g/cm³. Entretanto, os cristais produzidos pela evaporação aprimorada com plasma apresentaram tamanho de grãos até 97% menor do que os cristais resultantes da evaporação natural. Além disso, constatou-se que a região adjacente ao plasma gerava sais com proporções de Mg/Na e K/Na maiores em comparação com os sais sedimentados, indicando uma maior seletividade do processo plasmático.
Este estudo contribui para a ampliação do conjunto de pesquisas que buscam alternativas aos métodos convencionais de dessalinização e separação de salmouras hipersalinas, integrando o plasma como uma potencial ferramenta nesse contexto.