Ref.: MpoBi11-011
Apresentador: sandy chaves silva
Autores (Instituição): silva, s.c.(Universidade de Brasília);
Resumo:
O desenvolvimento tecnológico e industrial impulsionado pela crescente demanda por bens de consumo e pelo aumento populacional resultou em uma produção substancial de produtos. O crescimento da população, especialmente notório nas últimas décadas, intensificou a demanda por bens de consumo, levando a um agravamento da escassez de recursos naturais. Nesse contexto, a Economia Circular surge como uma abordagem alternativa à Economia Linear, visando promover a sustentabilidade na produção, consumo e gestão de resíduos.
A produção anual de plástico atingiu números alarmantes, com mais de 400 milhões de toneladas de resíduos gerados anualmente, aumentando a uma taxa anual de 4%. Diante desse cenário, torna-se evidente a necessidade de adotar alternativas sustentáveis, como os bioplásticos. Embora representem atualmente menos de 1% da produção global de plástico, os bioplásticos oferecem uma solução promissora, especialmente os bioplásticos comestíveis.
A pesquisa realizada abrangeu a análise de artigos científicos e patentes relacionadas aos bioplásticos comestíveis, destacando a quitosana e o amido como polímeros mais utilizados. Além disso, a incorporação de óleos essenciais em bioplásticos ativos emergiu como uma área de interesse, oferecendo propriedades antioxidantes e antimicrobianas aos materiais.
A análise das pesquisas demonstrou um crescente interesse nesse campo, com países como China, Índia, Brasil e Estados Unidos liderando em publicações. No contexto brasileiro, o país destaca-se não apenas pela sua contribuição na pesquisa de bioplásticos, mas também pela sua riqueza em recursos naturais, como os óleos essenciais.
A busca por patentes revelou um foco significativo no desenvolvimento de bioplásticos comestíveis para embalagens de alimentos, com ênfase na classe C08 (Compostos Macromoleculares Orgânicos) e A23 (Alimentos ou Produtos Alimentícios). Essas inovações representam uma abordagem mais sustentável, alinhada aos princípios da Economia Circular, e oferecem oportunidades tanto ambientais quanto econômicas, promovendo o desenvolvimento sustentável e a resiliência das comunidades.
Além disso, é importante ressaltar que os bioplásticos comestíveis ativos não apenas oferecem uma alternativa viável aos plásticos convencionais derivados de combustíveis fósseis, mas também representam uma oportunidade para a criação de empregos e o estímulo à economia circular. A integração desses materiais na cadeia produtiva alimentar não apenas promove a redução do impacto ambiental, mas também impulsiona o desenvolvimento econômico local e fortalece a resiliência das comunidades, especialmente em países como o Brasil, onde há uma forte tradição na produção de óleos essenciais.
Essas inovações representam um avanço significativo para a ciência e a tecnologia, ao oferecerem uma solução prática e eficaz para um problema tão premente quanto o desperdício alimentar.