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Ref.: MpoBi22-002

EFEITO DO ÓLEO DE GIRASSOL SAPONIFICADO NAS PROPRIEDADES DE FILMES DE Manihot esculenta E Solanum tuberosum

Apresentador: Lucas Perdigão Soares

Autores (Instituição): Soares, L.P.(UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO); Santos, F.K.(Universidade Federal Rural do Semi-árido); Leite, R.H.(Universidade Federal Rural do Semi-árido); Aroucha, E.M.(Universidade Federal Rural do Semi-árido); De Almeida, J.G.(UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO);

Resumo:
O excesso de polímeros não degradáveis tem ocasionado graves problemas ambientais, incentivando a busca por soluções tecnológicas, como os biopolímeros. Estes, provenientes de fontes renováveis, apresentam vantagens consideráveis, como sua sustentabilidade intrínseca e características singulares. Para este estudo foram selecionadas as féculas de mandioca e batata inglesa como biopolímeros. Esses recursos, renováveis e abundantemente disponíveis no semiárido brasileiro, representam uma promissora fonte para a produção de filmes biodegradáveis. Uma das limitações dos biopolímeros é sua alta hidrofilicidade, prejudicando suas funções, como barreira ao vapor de água. Os surfactantes têm sido utilizados como conciliadores entre as fases polar e apolar, sobretudo em filmes com adição de lipídios. Contudo, a influência dos surfactantes nos biopolímeros ainda é pouco estudada. Baseado no exposto, este estudo teve como objetivo avaliar o impacto do tensoativo aniônico óleo de girassol saponificado (OGS) em diferentes concentrações, sobre as propriedades físico-químicas de filmes de féculas de mandioca e batata inglesa. O ponto de Kraft do OGS foi obtido nas concentrações do estudo que determinou que a solução de OGS deve ser feita abaixo de 28ºC, o tensoativo variando de 0,05% a 0,08%, foi solubilizado em água destilada (30%) separadamente da solução com biopolímero, abaixo da temperatura de Kraft. Os filmes foram produzidos em Erlenmeyer, onde foram pesadas a massa do biopolímero (2%), o plastificante glicerol (0,4%). Em um termo agitador, a solução com biopolímero foi aquecida até 60~70ºC e mantida por 20 minutos, em seguida esperou-se a solução esfriar a 25~28ºC em agitação constante para misturar com a solução com surfactante, manteve a agitação por mais 10 minutos. Em seguida 60mL da solução filmogênica foi depositada em placas de acrílico com dimensões de 15x15cm e secas em temperatura ambiente (25ºC) pelo método casting. Os resultados destacaram a ação do surfactante, evidenciada pela interação com a amilose e a amilopectina presentes nos filmes. A incorporação do OGS nos biofilmes mostrou implicações significativas nas propriedades estudadas, reduzindo a permeabilidade ao vapor de água (PVA) em até 31% no filme de fécula de mandioca e 49% no filme de batata inglesa. A solubilidade dos filmes aumentou com o aumento da concentração do tensoativo, evidenciando seu impacto na estruturação dos filmes, e não houve mudança significativa nas propriedades ópticas dos filmes. Com uso desse tensoativo foi possível reduzir em até 50% a hidrofilicidade, também mostraram que o surfactante não teve efeito significativo nas propriedades ópticas dos filmes.