Ref.: MmeCo43-006
Apresentador: João Vitor Silva Urbano
Autores (Instituição): Urbano, J.V.(Universidade Federal do Cariri); Araújo, W.S.(Universidade Federal do Ceará); Feitosa, A.G.(Universidade Federal do Cariri); Lima, H.L.(Universidade Federal do Cariri);
Resumo:
Os aços inoxidáveis martensíticos são ligas de Fe-Cr-C com concentrações entre 12% e 18% de cromo e maiores teores de carbono em comparação com outros aços inoxidáveis. O maior teor de carbono provoca uma melhoria nas propriedades mecânicas desses aços, como aumento de dureza e resistência ao desgaste, entretanto, apresentam uma menor resistência à corrosão quando comparados aos aços ferríticos e austeníticos. Na busca por redução dos defeitos durante a solidificação e processamento, bem como melhorias nas propriedades de resistência à corrosão desses aços, foram desenvolvidos na década de 60 os aços inoxidáveis martensíticos macios.
O aço inoxidável martensítico macio A743 grau CA-6NM possui menor teor de carbono e pequenas adições de níquel e molibdênio. São ligas empregadas em aplicações que requerem uma boa resistência mecânica associada a resistência à corrosão, principalmente em equipamento para extração de petróleo, rotores e componentes de turbinas hidráulicas. Os tratamentos térmicos empregados nesses aços são essenciais para obtenção das propriedades mecânicas desejadas, e o controle dos ciclos dos tratamentos térmicos também pode influenciar outras propriedades importantes como a resistência à corrosão dessas ligas.
Neste trabalho, as propriedades mecânicas e de resistência à corrosão do aço inoxidável martensítico ASTM A743 grau CA6NM revenido a 400, 500 e 600°C por 1 e 5 horas foram investigadas através das curvas de polarização anódica, obtidas pela técnica de polarização potenciodinâmica em meio contendo 0,6 mol/L de NaCl e medidas de dureza Vickers. Foi observado um aumento significativo de dureza em amostras submetidas ao revenimento em um intervalo de tempo mais curto, em comparação ao tempo de tratamento mais longo. Notou-se também, um pico de endurecimento relativo a 600°C, independente do tempo de revenimento. Tal comportamento sugere um endurecimento secundário por precipitação de carbonetos, em torno dessa temperatura para essa classe de aços.