Ref.: MceCge06-003
Apresentador: BARBARA MARIA SILVA DO NASCIMENTO
Autores (Instituição): NASCIMENTO, B.M.(IFRN); Monteiro, F.M.(Instituto Federal do Rio Grande do Norte); Ribeiro Neto, D.V.(Instituto Federal do Rio Grande do Norte); Andrade, J.N.(Instituto Federal do Rio Grande do Norte); MEYER, M.F.(IFRN); Silva, I.L.(Instituto Federal do Rio Grande do Norte); Silva, M.L.(Instituto Federal do Rio grande do Norte); Faustino, M.E.(Instituto Federal do Rio grande do Norte); Machado, T.G.(Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia);
Resumo:
Ao longo do tempo, o setor ceramista vem utilizando alternativas de sustentabilidade e redução dos impactos ambientais. Sabendo que os materiais cerâmicos têm propriedades que tornam os resíduos sólidos inertes quando incorporados na sua estrutura. Dessa forma, o objetivo deste trabalho é estudar o reaproveitamento do resíduo de gesso da construção civil (RGC) em dois tipos de argilas do Estado do Rio Grande do Norte para o setor da cerâmica estrutural. O resíduo de gesso foi adicionado em dois tipos de argilas, com proporções de 5%, 10% e 15%. Os corpos de prova foram sinterizados nas temperaturas de 800ºC, 850ºC e 900ºC em forno do tipo mufla, sem atmosfera protetora, com taxa de aquecimento de 10°C/min e isoterma de 60 minutos na temperatura mais alta. A aferição das propriedades tecnológicas dos corpos de prova ocorreu através dos seguintes ensaios tecnológicos: absorção de água (AA%), porosidade aparente (PA%), retração linear (RL), perda ao fogo (PF) e massa específica aparente (MEA). Além disso, os materiais de partida, as argilas e o resíduo de gesso, foram analisados através das técnicas de difração de raios X (DRX) e fluorescência de raios X (FRX). Os resultados apontam para a adição de resíduo de gesso da construção civil em materiais de cerâmicas para o setor da cerâmica estrutural de queima vermelha. As amostras confeccionadas com argila de queima vermelha alcançaram os melhores resultados nos índices de absorção de água (AA%) e porosidade aparente (PA%). Ao analisar os dados apresentados se observa que a argila branca, que possui sua caracterização como argila arenosa, obteve um índice de absorção de água superior a 22%, já a argila de queima vermelha apresentou absorção de água inferior aos 16%. A justificativa para esse resultado se dá pela característica da argila e juntamente com o índice de resíduos. Os resultados do ensaio de porosidade aparente (PA%) apontaram para uma simetria com o ensaio de absorção de água (AA%). Sendo assim, os corpos de prova confeccionados com argila branca indicaram os maiores índices de porosidade aparente, em contrapartida os corpos de prova produzidos com a argila vermelha apresentaram menor índice de porosidade aparente. Além disso, foi realizada a análise por microscopia eletrônica de varredura (MEV) que contribuiu para o resultado obtido. Dessa forma, ao atingir o objetivo proposto, tem-se que a retirada desse passivo do meio ambiente trará um ganho significativo à sociedade, especialmente por encontrar uma solução para um resíduo que não possuía, até então, qualquer utilidade.