Ref.: MceSi11-003
Apresentador: Rian Cristian Douro Amorim
Autores (Instituição): Amorim, R.C.(Universidade Federal do Pará); Modesto, A.L.(Universidade Federal do Pará); Ruivo, A.G.(Universidade Federal do Pará); SOUSA, A.P.(Universidade Federal do Pará); LIMA, H.B.(Universidade Federal do Pará); Costa, D.S.(Universidade Federal do Pará); Estumano, D.C.(Universidade Federal do Pará); Rodrigues, E.C.(Universidade Federal do Pará);
Resumo:
No processo de beneficiamento de caulim, o caulim bruto por tratamentos físico-químicos para a remoção de impurezas, gerando rejeitos que se acumulam em grandes áreas de despejos, chamadas de lagoas de sedimentação. Tal rejeito é objeto de discussões ambientais para seu reaproveitamento, como, por exemplo, a sua reinserção na cadeia produtiva por meio na síntese de zeólitas. As zeólitas são materiais cristalinos microporosos, que possuem em sua estrutura um arranjo tridimensional de tetraedros TO4 (SiO4 ou AlO4-) ligados entre si. Por suas propriedades advindas de sua estrutura microporosa, as zeólitas são amplamente usadas do processo de adsorção, troca iônica e catálise. Desta forma, este trabalho utilizou o caulim de enchimento e seu rejeito para a síntese de adsorventes com o intuito de comparar a tendência adsortiva entre eles ao longo do tempo. A síntese foi realizada por tratamento hidrotermal dinâmico onde os materiais de partida, calcinados a 700 °C, reagiram com uma solução de hidróxido de sódio (5 molar) a 100 °C e agitação de 700 RPM durante 30 minutos. Para a adsorção de umidade, os adsorventes foram dispostos em cadinhos com água ao entorno, em um sistema fechado, desta forma, criando um ambiente úmido. Verificou-se o teor de umidade por meio de diferença de massa inicial e nos tempos adotados na metodologia. Os resultados de DRX e MEV mostraram a presença predominante de caulinita de formato pseudo-hexagonal com o empilhamento booklets e sua desestruturação após calcinação, caracterizada pela ausência de picos de caulinita, mantendo sua morfologia e com empacotamento reduzido. Ao realizar o tratamento hidrotermal ocorreu a cristalização, com picos de zeólita A de morfologia cúbica e hidroxisodalita de morfologia esférica, sendo este último presente apenas no material zeolítico proveniente do rejeito de caulim. Nos ensaios de adsorção de umidade, verificou-se que as zeólitas advindas do caulim de enchimento apresentaram ser, aproximadamente, três vezes mais adsorvente que as zeólitas do seu rejeito, com cerca de 38,87 % e 12,09 % de umidade média adsorvida no intervalo de 2088 horas. Desta forma, conclui-se que os materiais de partida deste trabalho foram eficazes para a formação de zeólitas, as quais apresentaram eficiência na remoção de umidade, sendo a zeólita de caulim de enchimento a com maior poder de adsorção.