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Ref.: MpoCo33-001

Revestimentos inteligentes de autorreparo com microcápsulas com parede de ureia-formaldeído e núcleo ativo de epóxi, precursor alcóxido de silício e imidazol avaliadas com técnica eletroquímica de envelhecimento acelerado

Apresentador: Daniela Maria Cecatto

Autores (Instituição): Cecatto, D.M.(Universidade de Caxias do Sul); Longhi, M.(Universidade de Caxias do Sul); Zattera, A.J.(Universidade de Caxias do Sul); Beltrami, L.R.(Ciências Exatas e Engenharias);

Resumo:
Todos os anos inúmeras peças metálicas são descartadas devido a ação da corrosão, gerando prejuízos enormes. Uma alternativa de controle a essas ações do ambiente sobre o substrato metálico é a utilização de revestimentos, especialmente revestimentos inteligentes que cada vez mais conquistam o interesse de pesquisadores, podendo possuir diversas funcionalidades sendo uma das mais desejadas a de autorreparo da superfície protetiva. Revestimentos inteligentes de autorreparo se caracterizam por camadas protetivas capazes de regenerar ou reparar automaticamente, completa ou parcialmente, sua superfície sem a ação de uma forma externa, podendo ser pela natureza intrínseca ao material utilizado no revestimento ou pela incorporação de agentes extrínsecos, como nanomateriais, inibidores de corrosão e encapsulados. A utilização de materias encapsulados garante maior eficiência ao revestimento de autorreparo, uma vez que a parede da cápsula garante que as reações entre o revestimento e o agente ativo de reparo não ocorra antes da demanda, podendo assim até mesmo resultar na degradação do material. Microcápsulas são uma alternativa viável uma vez que sua estrutura micrométrica permite a adição de núcleos ativos de forma que a entrega de material ao ocorrer a demanda seja suficiente para restaurar a cobertura onde está inserido. Apesar do desafio atrelado a produção de microcápsulas, devido a necessidade de um método de síntese adequado a parede e núcleos ativos selecionados, ainda se enfrenta a dificuldade na avaliação do autorreparo do revestimento. Para isso a técnica eletroquímica de envelhecimento acelerado (ACET) vem sendo cada vez mais aplicada por grupos de pesquisadores como alternativa a avaliação, visto que combina as principais técnicas eletroquímicas comumente empregadas, como impedância eletroquímica, polarização catódica e análise de potencial de circuito aberto, de forma cíclica, até o desgaste do revestimento. Diante disso, nesse trabalho desenvolveu-se um revestimento de autorreparo, com microcápsulas possuindo parede de ureia-formaldeído e diferentes núcleos ativos (resina epóxi, imidazol e precursor alcóxido de silício), dispersas em resina epóxi e avaliadas por ACET. Os resultados de microscopia eletrônica de varredura das microcápsulas produzidas revelaram que elas apresentaram um diâmetro médio 3,2 µm (± 0,35 µm), sendo estes adequados a demanda do revestimento. Dados obtidos através de ACET demonstram que revestimentos contendo microcápsulas de epóxi com imidazol apresentaram redução da resistência dos poros e de densidade de corrente ao longo dos ciclos, indicando regeneração dos revestimentos. Diante disso este trabalho se demonstra promissor uma vez que revestimentos inteligentes de autorreparo podem aumentar a vida útil de substratos metálicos no sistema onde se inserem, reduzindo custos provenientes da corrosão.