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Ref.: MceErec24-001

INCORPORAÇÃO DE CHAMOTE CERÂMICO PARA O CULTIVO DE HORTALIÇAS

Apresentador: Geovana Carla Girondi Delaqua

Autores (Instituição): Pantaleão Ferreira, E.(Instituto Federal do Espírito Santo); da Silva, Y.M.(Instituto Federal do Espírito Santo); Loss, J.B.(Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro); Bridi, S.(Instituto Federal do Espírito Santo); Ghisolfi, L.V.(Instituto Federal do Espírito Santo); Delaqua, G.C.(Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro);

Resumo:
A produção de resíduos processo de queima é comum na indústria de cerâmica vermelha – ICV, oriundos de materiais defeituosos como trincas, quebras, deformações, defeitos geométricos e outros, que não atendem a normas de padronização e, portanto, são descartados, esses produtos são então denominados de chamote. Esse resíduo uma vez triturado podem ser adicionados em pequenas quantidades novamente ao processo, visando reduzir a plasticidade da massa cerâmica. Sabe-se também do uso do chamote como substrato de plantas ornamentais, como bonsais e orquídeas. A utilização desse resíduo na agricultura, para produção de mudas tem sido igualmente uma alternativa. Contudo, escassos são as pesquisas nacionais e internacionais que avaliaram o comportamento do chamote na produção de mudas sobretudo, para a produção de mudas de hortaliças. O objetivo desta pesquisa é avaliar a substituição parcial do substrato comercial por doses crescentes de resíduos da indústria cerâmica (chamote), na faixa granulométrica de 1,0 mm e 4,0 mm, no desenvolvimento de mudas de tomateiro (Solanum lycopersicum). A pesquisa foi conduzida com resíduos de cerâmica vermelha, telhas defeituosas sinterizadas a 900 °C, obtidas em polo cerâmico da região norte do estado do Espírito Santo. O material foi desintegrado em moinho tipo martelo AISI 304 e em seguida passado em peneiras de 1,0 e 4,0 mm. O trabalho foi conduzido no setor de produção de mudas e no laboratório de tecnologia de cerâmica do Instituto Federal do Espírito Santo campus Santa Teresa. As mudas foram submetidas às avaliações de agronômicas. Os tratamentos foram dispostos em Delineamento de Blocos Casualizados (DBC), com quatro repetições e com parcelas subdivididas em quatro tratamentos. Os tratamentos foram compostos por doses crescentes de substrato comercial por chamote, assumindo a seguinte distribuição: tratamento 0: 0% de chamote + 100% de substrato (testemunha); Tratamento 1: 5% de chamote + 95% de substrato; Tratamento 2: 10% de chamote + 90% de substrato; Tratamento 3: 20% de chamote + 80% de substrato. Para cada tratamento, haverá duas granulometrias de chamote, de 1,0 mm e 4,0 mm. As variáveis agronômicas avaliadas foram, índice de velocidade de emergência (IVE), porcentagem de emergência (PE), tempo de emergência (TE), comprimento da parte aérea (CPA), comprimento do sistema radicular (CPR), massa fresca e massa seca da parte aérea (MFPA) e radicular (MFPR) e o Índice de Qualidade de Dickson (IQD). Os dados serão submetidos aos testes de homocedasticidade, pressupostos de normalidade e análise de variância ao nível de 5% de probabilidade. A incorporação de até 10% de chamote apresentou os melhores desempenhos agronômicos para o desenvolvimento das plantas, sendo, portanto, uma alternativa viável para produção de mudas, economia de substrato comercial, além de contribuir para a destinação ambientalmente correta deste resíduo da ICV.