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Ref.: MceCa08-002

Incorporação de resíduos de mármore e granito em cerâmica vermelha.

Apresentador: Icaro Borges Gusmão Santos

Autores (Instituição): Santos, I.B.(Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia); Alves, J.D.(Instituto Federal da Bahia); Codá, M.(Instituto Federal da Bahia); Palma, A.J.(Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia); Leão, M.A.(Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia); Silva, A.P.(Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia);

Resumo:
Preconizado pela sustentabilidade ambiental, a preocupação de hoje em todo o planeta se refere à destinação final dos resíduos sólidos gerados pelos diversos processos de produção, em especial os industriais, que nas suas etapas da cadeia produtiva, geram resíduos intermediários considerados passivos ambientais. A reciclagem e o reaproveitamento de tais resíduos tem sido incentivada e se insere como sendo uma das grandes alternativas para reduzir tais impactos ao meio ambiente, além de reduzir o consumo crescente de matérias-primas in natura imposto pela demanda de produção. O pó residual do beneficiamento de mármores e granitos representa neste contexto, uma grande atenção por porte das empresas e órgãos ambientais, devido ao seu grande montante de resíduos gerados, depositados de forma irregular, na maioria das vezes, em aterros, terrenos baldios e outros áreas urbanas e rurais, trazendo prejuízos à sociedade e ao ambiente. A heterogeneidade dos produtos cerâmicos tradicionais permite a incorporação de uma quantidade razoável de resíduos sem prejuízo das propriedades dos produtos finais e com significativa redução de passivos ambientais. Este trabalho objetivou desenvolver produtos cerâmicos a partir da massa padrão de argilas de uma indústria ceramista com a incorporação de resíduos de pó de mármore e granito. Os resíduos e as massas de argila foram quimicamente caracterizados por análise de fluorescência de raios X (FRX), análise térmica dilatométrica, posteriormente moídos e processados em peneira vibratória, misturados em proporções de de 2, 4, 6, 8 e 10% p/p (em peso) do pó dos resíduos em relação à massa padrão da argila. Após a queima (sinterização) em forno elétrico a 1200 oC, os corpos de prova obtidos foram avaliados quanto às suas propriedades físicas, mecânicas e mineralógicas através de ensaios de, porosidade, absorção de água, tensão de ruptura à flexão, mineralogicamente por difração de raios X (DRX) e microscopia eletrônica de varredura (MEV). A adições deste resíduo contribuiu para o aumento das propriedades físicas pela maior compacidade dos produtos sinterizados a 1200 o C, resultando no aumento da resistência mecânica à flexão em média de 9%, e redução de da absorção de água, em média de 16% Ressalta-se ainda, a valorização da alternativa sustentável para evitar a disposição em condicionadores de solo ou aterros além da redução do consumo de matérias- primas naturais.