Ref.: MCoErec06-003
Apresentador: Júlia Kauane Medeiros Ribeiro
Autores (Instituição): Ribeiro, J.K.(Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte); Ribeiro Neto, D.V.(Instituto Federal do Rio Grande do Norte); Monteiro, F.M.(Instituto Federal do Rio Grande do Norte); Assis, R.B.(Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia); Silva, P.V.(IFRN); Machado, T.G.(Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia);
Resumo:
Argamassas autonivelantes são formulações de cimento Portland de alta resistência inicial (25% a 45% da massa total) e areia fina quartzosa (40% a 60%). Os 10% a 15% restantes da massa são formados por aditivos químicos e adições minerais destinados a modificar as características reológicas no estado fresco e as propriedades físico-mecânicas no estado endurecido, de modo a atender aos requisitos de instalação, carga, solicitação e durabilidade. No processo de uso de argamassas autonivelantes para contrapiso há ganhos de produtividade e mão de obra e no planejamento físico da obra, além da facilidade de uso, baixa retração, durabilidade e compatibilidade com a maioria das argamassas colantes do mercado. A extração de minerais (pedreiras, mineração e mineração) foi estabelecida como uma atividade que, além de gerar empregos e ser uma fonte extra de renda para pequenos proprietários, especialmente em locais onde não há desenvolvimento ou perspectivas de melhoria social, é também uma atividade que causa impactos ambientais enormes, muitos deles irreversíveis. A proposta deste projeto foi desenvolver argamassa autonivelante utilizando resíduo mineral da região do Seridó potiguar como aditivo para aplicação como contrapiso. As amostras de argamassa foram preparadas em três formulações com 10, 20 e 30% em peso de resíduo mineral e uma argamassa padrão sem resíduo minera, servindo como referência. Os resíduos minerais foram caracterizados via Fluorescência de raios X (FRX), granulometria a laser, difração de raios X (DRX), microscopia eletrônica de varredura (MEV), índice de atividade pozolânica com cimento portland e índice de finura. Após a preparação das argamassas, foram feitos os ensaios com e sem adição do resíduo, caracterizando-as através de suas propriedades reológicas (estado fresco), físico-mecânicas e microestruturais (estado endurecido). Para o primeiro, avaliou-se o mini slump, mini funil-V, caixa L e retenção de fluxo. Já no estado endurecido, absorção de água por capilaridade, absorção de água por imersão, índice de vazios, resistência à compressão, DRX e MEV. Como resultado, os resíduos minerais utilizados atuaram como fíler na argamassa autonivelante, melhorando a trabalhabilidade, viscosidade e fluidez no estado fresco, possuindo característica de modificador de viscosidade.