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Ref.: MmeCa33-001

Produção de sulfato de Al com estrutura millosevichita a partir de rejeitos de bauxita gibbsítica da Amazônia

Apresentador: RENATA SOUSA NASCIMENTO

Autores (Instituição): NASCIMENTO, R.S.(Universidade Federal do Pará); Campos, A.A.(Instituo Federal do Pará); DE ARAUJO, C.F.(INSTITUTO FEDERAL DO PARÁ); Couto, N.A.(Instituto Federal do Pará); Barreto, I.A.(Universidade Federal do Pará); Figueira, B.A.(Instituto Federal do Pará);

Resumo:
Atualmente, o estado do Pará se destaca no cenário nacional por suas valiosas minas de minério de bauxita gibbsítica sendo de grande relevância à economia regional (Amazônia) e nacional. Após o processo de beneficiamento de lavagem do minério, há a inevitável geração de resíduos sólidos caracterizados por seus elevados teores de Al2O3, SiO2, TiO2 e Fe2O3. Neste trabalho, investigou-se a recuperação de Al dos rejeitos de bauxita gibbsitica através de lixiviação ácida em diferentes concentrações de H2SO4, tempo e temperatura para obtenção de sal inorgânico sulfato de alumínio, que é um produto estratégico para vários setores industriais. Os resultados de caracterização químico-mineral por FRX e DRX mostraram que os rejeitos possuem elevados teores de Al2O3 (28 % m/m), Fe2O3 (24 %), SiO2 (12 % m/m), TiO2 (4 % m/m), que foram bem correlacionados às fases minerais caulinita, gibbsita, anatásio, quartzo, hematita e goethita aluminosa. O sal inorgânico obtido foi identificado como millosevichita (mineral raro de sulfato de Al e Fe), que mostrou morfologia em roseta e composição química formada por Fe, Al, S e O. Seu comportamento termal analisado por TG-DSC revelou a presença de picos endotérmicos a 120, 170, 220 e 300º C referentes a perda de água adsorvida e estrutural, assim como em torno de 800º C referente ao processo de dessulfurização. Deste modo, pode-se afirmar que rejeitos de bauxita gibbsitica da Amazônia podem ser uma interessante matéria prima para o desenvolvimento de novos produtos com interesse ambiental e tecnológico.