Ref.: MmeCo14-021
Apresentador: Bruna Brito Freitas
Autores (Instituição): Freitas, B.B.(Instituto Federal do Espírito Santo); da Silva, H.S.(Instituto Federal do Espírito Santo); Grillo, F.F.(Instituto Federal do Espirito Santo);
Resumo:
A incessante busca por materiais capazes de operar em ambientes hostis sem perda significativa de propriedades mecânicas motiva esta pesquisa. De uma maneira geral estruturas tubulares longas são os principais equipamentos utilizados na indústria de óleo e gás na exploração, perfuração, produção e transferência. As altas pressões internas e externas, elevadas temperaturas dos fluídos, as grandes forças envolvidas durante a sua instalação e a hostilidade do ambiente são fatores que devem ser levados em conta para o projeto. Dutos para a indústria de óleo e gás onshore, em geral, possuem diâmetros na faixa de 36 a 64 polegadas, sendo projetados com foco na pressão interna do fluído. Já os dutos offshore, geralmente, tem diâmetros menores que 36 polegadas e o carregamento primário considerado para o projeto é a pressão externa, a qual pode causar o colapso do mesmo. Sabe-se que tais estruturas estão sujeitas a degradação e colapso prematuro, devido as condições de operação. A literatura mostra que a corrosão foi um dos principais problemas na indústria de óleo e gás, responsável por, aproximadamente, 20% das falhas. O projeto, devido a sua complexidade, exige que o tubo seja de um material que exiba ductilidade significativa. Para atender as indústrias de óleo gás offshore e onshore, novas ligas de aço, bem como, métodos de fabricação tiveram que ser desenvolvidos. Os avanços incluem transição para aços de baixo carbono, aços microligados, processamento termomecanicamente controlado, todos contribuindo para menor tamanho de grão, aumento da tenacidade e redução da temperatura de transição. Os aços com propriedades necessárias para a fabricação de dutos utilizados atualmente são os aços denominados ARBL (alta resistência e baixa liga) e os requisitos de composição química e propriedades mecânicas são regidos pela Norma API 5L.
Este trabalho tem por objetivo avaliar o comportamento de aços de tubulação classe API 5L X60 frente ao fenômeno de corrosão. Serão realizadas análises metalográficas com a utilização de Nital 2% para estudo da microestrutura, com registro feito através de um microscópio ótico Leica Modelo DM 2600 M com sistema de capitação de imagens. E para estudo da interação do meio com o material serão realizados ensaio eletroquímicos para determinar as curvas de polarização anódica, usando eletrólito de concentração de NaCl a 3,5% em solução. Os testes de polarização anódica utilizarão uma taxa de varredura de 1,0 mV/s e a intensidade de corrente elétrica em mA, com variação do potencial de -0,6 V a 1,5 V. Através destes testes espera-se avaliar a resistência a corrosão do material em água salina, por meio dos gráficos de Tafel. Alguns estudos mostram boa relação do comportamento microestrutural em meios hostis. A literatura mostrou que aços API apresentam corrosão uniforme, porém os elementos químicos, como Nb, Cr, V, Co, melhoram o aspecto anódico em comparação a um aço carbono sem elementos de liga.