Ref.: MCoMcc08-024
Apresentador: Kleilson Chagas Nunes
Autores (Instituição): Nunes, K.C.(Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão Campus São Luís / Monte Castelo); Paiva, A.E.(Instituto Federal de Educação do Maranhão);
Resumo:
O presente trabalho trata do estudo referente ao potencial de utilização da fibra vegetal de buriti (Mauritia Flexousa) aplicada no processo de produção dos painéis de cimento portland, analisando a compatibilidade, os tratamentos realizados nas fibras de buriti, visando à melhoria das propriedades físicas e mecânicas dos painéis para serem utilizados como painéis isolantes térmicos. A metodologia deste trabalho foi desenvolvida a partir da produção dos painéis cimento portland reforçados com fibras de buriti, variando os teores e os tipos de tratamentos realizados nas fibras vegetais, sendo realizados ensaios de caracterização da fibra para posteriormente justificar o comportamento da mesma nos painéis. O tratamento de lavagem com água realizado nas fibras de buriti juntamente com os aditivos influenciou positivamente, tanto na compatibilidade entre o cimento e a fibra de buriti como na sua cristalinidade (IC de fibras tratadas foram superiores à da fibra não tratada). Os resultados de resistência a compressão axial e da resistência a flexão mostraram que o tratamento das fibras (fibra lavada) produziu corpos mais resistentes do que a formulação sem tratamento (fibra sem lavar). Entretanto, independentemente do tratamento (fibra sem lavar ou fibra lavada) quando foram adicionados os aditivos, observou-se que o Cloreto de Ferro produziu corpos mais resistentes tanto a compressão quanto a flexão e menor condutividade térmica em relação aos corpos que não passaram por tratamento (fibra sem lavar). Todas as formulações em que as fibras foram tratadas apresentaram a condutividade térmica inferior às amostras com as fibras não tratadas, independentemente do tipo de aditivo utilizado, mostrando que a solubilidade entre o cimento e a fibra lavada promove uma hidratação superficial nestas e consequentemente uma diminuição da condutividade térmica.