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Ref.: MceMcc07-006

IMPLEMENTAÇÃO DE RESÍDUOS LABORATORIAIS PARA A PRODUÇÃO DE PEÇAS CERÂMICAS.

Apresentador: Maria Clara Paulino de Amorim

Autores (Instituição): Amorim, M.C.(Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte); Souza, M.M.(Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte); Nascimento, P.H.(Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte); Melo, J.M.(Faculdade Anhanguera); Menezes, M.L.(Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte); Pinheiro, J.B.(Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte); Barbosa, J.A.(Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte); Medeiros, E.M.(Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte); Bezerra, A.T.(Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte); Silva, G.N.(Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte);

Resumo:
A mineração é umas das principais atividades que movem o mundo. É dela que ocorre o desenvolvimento da sociedade. Como exemplo destaca-se o uso de materiais não metálicos, como a área cerâmica, a qual está em grande desenvolvimento nacional e, em particular, o estado do Rio Grande do Norte, observado desde a produção de cerâmica artesanal até a mina Brejuí, localizada no município de Currais Novos. No entanto, a mineração também é uma prática que pode ocasionar problemas ambientais e na saúde humana, como ocorre com a má disposição de seus rejeitos e até mesmo de suas matérias primas. Esses problemas podem ser tanto da contaminação do solo e da água local, quanto a inalação de resíduos e poeira da extração mineral (o que pode gerar diversos tipos de doenças). Em empresas e laboratórios é comum ocorrer rejeitos das pesquisas e extrações realizadas em sua localidade. Todavia, a indústria mineradora está cada vez mais buscando formas de diminuir esses impactos causados. Com a ideia de utilizar um material no intuito de diminuir esses impactos, o trabalho tem como objetivo analisar a adição resíduos laboratoriais na produção de peças cerâmicas em busca de novas utilizações. O resíduo laboratorial seria todos os resíduos gerados durante o processo de fabricação de uma peça cerâmica, podendo ser desde o processo da formulação até as peças compactadas antes do processo de sinterização. Quando é realizada um projeto com amostras de cerâmica, muitos desses resíduos são gerados durante a sua metodologia. O seguinte trabalho teve como variante principal (além da adição dos resíduos laboratoriais) a argila do município de São Gonçalo, do estado do Rio Grande do Norte. Para cada grupo de temperatura e formulação, foram feitas 10 amostras, resultando em um total de 60 corpos de prova, passadas por testes para descobrir a qual grupo cerâmico cada grupo de amostras convergiu, de acordo com a tabela da ABNT NBR 13818. Seguindo as normas de produção, as amostras foram feitas utilizando, além do resíduo laboratorial, a argila, o feldspato e o quartzo, todos peneirados a 200 (mesh) resultando em um total de 12 gramas por amostra, A primeira formulação possuía 5% do resíduo laboratorial. Já a segunda formulação possuía 10% desse material, nos quais foram misturadas com 10% de água destilada em relação às gramas. Foram prensadas utilizando uma prensa uniaxial da marca Marcon com pressão de 2,5 toneladas, em seguida colocadas no forno estufa (com temperatura média de 110°C) para retirada de umidade e, após 24 horas, foram colocadas no forno mufla. A sinterização ocorreu a 1100°C, 1150°C e 1200°C, com o patamar de queima de 60 minutos e taxa de aquecimento de 10°C/min, onde ao atingir a temperatura houve o resfriamento natural. Os resultados foram satisfatórios para os objetivos do trabalho. Com a aplicação desses procedimentos metodológicos, esperou-se obter a viabilidade na integração do resíduo laboratorial como material para fabricação de peças cerâmicas.