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Ref.: MmePr11-001

SEPARAÇÃO GRANULOMÉTRICA DOS REJEITOS DE BAUXITA VISANDO SEU BENEFICIAMENTO METALURGICO

Apresentador: Elaine Cristina Lima Melo

Autores (Instituição): Fernandez, O.C.(Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará); Melo, E.C.(Instituto Federal do Pará); Emim, M.(Instituto Federal do Pará); Couto, N.A.(Instituto Federal do Pará); Figueira, B.A.(Universidade Federal do Oeste do Pará); Silva, P.M.(ISI SENAI); Santos, P.(Universidade Federal do Pará);

Resumo:
O processo de beneficiamento de minério de alumínio, produz além do minério beneficiado, rejeitos de Argilas de Lavagem de Bauxita – ALB, depositadas em bacias de rejeito contendo o mineral caulinita como principal fase separada, e ainda o mineral gibbsita factível de recuperação metalúrgica e outros minerais associados. Existe um amplo espectro de variabilidades física, química e mineralógica dentro dos resíduos de bauxita e suas frações granulométricas. Na ALB, essa variabilidade pode corresponder à sua composição química, juntamente com suas características minerais após a deslamagem. Este trabalho visa caracterizar mineralógica e quimicamente a ocorrência dos minerais provenientes do minério e da ganga presentes no rejeito ALB, assim como seu comportamento quando fracionado em tamanhos menores que 30µm, buscando encontrar formas de separar o mineral de ganga do mineral de interesse, a gibbsita; e consequentemente minimizar o consumo de soda cáustica no processo Bayer, fazendo com que parte do rejeito se torne minério beneficiado. A caracterização mineralógica e química foi realizada por difração de raios-X e fluorescência de raios-X, respectivamente. Os resultados obtidos indicam que rejeito ALB e suas frações granulométricas possuem a mesma mineralogia do minério alimentado ao processo de beneficiamento, ou seja, gibbsita - Al(OH)3, caulinita - Al2Si2O5(OH)4, hematita - Fe2O3, anatásio - TiO2 e quartzo - SiO2 , porém variando nas suas quantidades conforme a diminuição do tamanho de grão. O rejeito ALB e suas frações são compostas majoritariamente por Al2O3, relacionado ao mineral gibbsita e caulinita e SiO2 relacionado ao argilomineral caulinita e quartzo. A ALB está formada em 80% por partículas finas a ultrafinas, com redução de gibbsita e aumento de caulinita de 30 a 2µm, isto é confirmado pela relação SiO2/Al2O3, com tendência ao aumento de sílica total enquanto há redução no percentual alumina total, sugerindo assim que o argilomineral caulinita tende a ser liberado quando diminui o tamanho de grão, favorecendo que o mineral de minério gibbsita seja recuperado no posterior processo Bayer com menor consumo de soda cáustica.