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Ref.: MCoDe08-001

BIODEGRADABILIDADE EM SOLO DE COMPOSTEIRA: EFEITOS SOBRE AS PROPRIEDADES DO COMPÓSITO DE POLIPROPILENO RECICLADO E AMIDO DE MANDIOCA (Manihot Esculenta)

Apresentador: Isadora De Almeida Madeira Barros

Autores (Instituição): Madeira Barros, I.D.(Universidade do Estado do Amapá); Chagas, F.D.(Universidade do Estado do Amapá); Tavares, F.F.(Universidade do Estado do Amapá);

Resumo:
O impacto ambiental provocado pelo descarte inadequado de materiais poliméricos enquadra-se como um dos grandes problemas da sociedade atual. Dentre as soluções (como tais materiais não são biodegradáveis) ressalta-se a busca por matérias-primas alternativas e de fontes renováveis, como o amido de mandioca (Manihot esculenta), o qual passou a ser considerado como aditivo, pois permite reduzir a carga de resíduo polimérico descartado, além de possuir baixo custo e abundância de produção. O amido é um polímero natural, onde, nas condições certas (trabalho mecânico e adição de plastificante), pode ser transformado em amido termoplástico, um material natural e com propriedades mecânicas que restringem suas aplicações em engenharia. Isto posto, misturar o amido em polímeros sintéticos é uma forma de desenvolver um compósito de matriz termoplástica com propriedades mecânicas aceitáveis e com características biodegradáveis. Assim, o presente trabalho teve como objetivo avaliar o comportamento de um compósito de polipropileno e amido de mandioca frente a biodegradação em solo de composteira doméstica. O planejamento experimental foi elaborado usando o Fatorial 2ˆ2, preparando-se quatro composições: 100% polipropileno a 0 meses de exposição (PP-0); 100% polipropileno a 6 meses de exposição (PP-6); 70% polipropileno com 30% amido a 0 meses de exposição (PP/AM-0) e 70% polipropileno com 30% amido a 6 meses de exposição (PP/AM-6). Foi realizado uma análise qualitativa no solo da composteira para verificar a presença de fungos e bactérias. Nos corpos de prova foram realizados os ensaios de Dureza Shore D (ISSO 48-4:2018); Ângulo de Contato (ASTM D 7334) e Termogravimetria. Observou-se que apenas o compósito PP/AM-6 apresentou uma pequena degradação, sugerindo-se que o amido fora consumido pelos microrganismos presentes na superfície dos CPs, corroborando na diminuição da dureza e redução da temperatura inicial de decomposição térmica, indicando uma promissora aplicação do amido na produção de compósitos parcialmente biodegradáveis.