Ref.: MCoCo32-002
Apresentador: Jedaias Januario Da Silva
Autores (Instituição): Da Silva, J.J.(Universidade Federal de Pernambuco); Branco, C.G.(Universidade Federal de Pernambuco); Salgueiro, G.T.(Universidade Federal de Pernambuco); Silva, R.G.(Universidade Federal de Pernambuco); da Silva Filho, W.L.(Universidade Federal de Pernambuco); Collasius Malta, M.I.(Universidade Federal de Pernambuco); Melo, I.R.(Universidade Federal de Pernambuco); Morais, D.D.(Universidade Federal de Pernambuco); Urtiga Filho, S.L.(Universidade Federal de Pernambuco); Santos Vieira, M.R.(Universidade Federal de Pernambuco);
Resumo:
Uma superfície pode exibir baixa molhabilidade quando apresenta uma rugosidade com dimensões micro/nanométricas, juntamente com a presença de um agente redutor de energia superficial. Os ângulos de contato (AC) e de deslizamento (AD) são indicadores primários de molhabilidade superficial. Quando AC ? 150° e AD ? 5°, as superfícies são consideradas super-hidrofóbicas, o que lhes confere a capacidade de repelir a água, além de demonstrar autolimpeza. Entre os métodos de revestimento de materiais, a eletrodeposição se destaca como uma técnica versátil, de baixo custo e amplamente utilizada na indústria. Ela tem se expandido significativamente na fabricação de materiais nanocompósitos em diversas áreas da engenharia de materiais. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a influência da composição do banho eletroquímico no resultado de molhabilidade e no tempo de congelamento.
Neste estudo, corpos de prova de liga de alumínio aeronáutica AA 7050 (12 x 11 x 8 mm) foram fabricados e submetidos a um processo de lixamento e banhos químicos para limpeza e remoção de impurezas que pudessem afetar a adesão do revestimento. Seguindo as recomendações da literatura, duas soluções alcoólicas foram preparadas: (1) cloreto de níquel (19 g/L) e ácido esteárico (28,4 g/L) e (2) a mesma composição com adição de nanotubos de carbono de múltiplas paredes (0,1 g/L). Os revestimentos foram fabricados por eletrodeposição em triplicata utilizando fonte Mininpa MPC-3003 de tensão contínua (30 volts).
Para avaliar a molhabilidade dos revestimentos, gotas de água destilada (10 ?L) à temperatura ambiente foram depositadas sobre a superfície, conforme norma ASTM D7490-13. Foi possível obter superfícies super-hidrofóbicas para todas as condições estudadas, os ângulos de contato obtidos atingiram valores superiores a 155°, enquanto os ângulos de deslizamento foram inferiores a 1°. A microscopia eletrônica de varredura (MEV) confirmou a presença de uma estrutura micro/nanométrica com aspecto semelhante a um couve-flor em ambas condições.
A análise elementar por espectroscopia de energia dispersiva (EDS) confirmou a presença de Ni, Cl, C e O, elementos característicos dos precursores utilizados. Testes de autolimpeza em superfícies super-hidrofóbicas revelaram o comportamento de rolamento de gotas de água e a remoção eficiente de sujeira. No teste de resistência à formação de gelo, as gotas sobre os revestimentos super-hidrofóbicos apresentaram maior tempo de congelamento, especialmente na condição 2, devido à influência dos nanotubos de carbono na eletrocristalização, formando um revestimento mais denso.